No trono há 70 anos, Isabel II é uma figura incontornável. Ao longo das décadas foi passando uma imagem de serviço e devocação à monarquia, sendo poucas as pessoas que sabem como realmente é na privacidade. Isso é algo que Robert Hardman, biógrafo real, pretende desvendar no seu novo livro, “Queen of Our Times: The Life of Queen”, graças a depoimentos de pessoas próximas da monarca.
Em entrevista para apresentar esta nova obra, Hardman conta à revista People que Isabel II adora ser rainha. “Sim, ela é de longe a monarca com maior longevidade da nossa História. Continua no centro do palco, com apetite e entusiasmo pelo trabalho. Gosta verdadeiramente do que faz”.
Com o livro a ser publicado num momento em que Isabel II passou por um momento mais frágil, por diagnóstico de covid-19, o biógrafo admite que a morte do marido, o duque de Edimburgo, em abril do ano passado, e o recente escândalo em que o príncipe André esteve envolvido a afetaram. Difulculdades que, no entanto, não mudaram a sua personalidade. “Aqueles que a conhecem bem falam sobre o seu sentido de humor e de como ela é uma pessoa muito otimista e positiva”, explica o biógrafo.
Características que se opõem à forma como a monarca foi retratada na série de sucesso da Netflix “The Crown”. “Muitos de seus amigos e funcionários mais próximos sentiram que [a série] mostrava que ela estava sempre infeliz. E isso não é verdade”, explica Hardman. “Mesmo nos dias mais difíceis, ela é otimista e segue em frente.”
O biógrafo pretende ainda deixar claro que Isabel II é realmente uma mulher que transmite poder. “Há quem acredite que ele é apenas um símbolo, que apenas assina documentos e vai para onde é mandada e fica lá a sorrir. Mas quando entramos nesses eventos, percebemos que ela deixa todos os políticas em estado de alerta”.
Mesmo tendo 95 anos, é descrita como uma mulher atual. “Ela vive no presente”, disse um dos seus funcionários recentemente. Hardman explica que Isabel II “prefere seguir em frente. Enquanto muitos membros da família, tal como o príncipe Carlos, são românticos e nostálgicos, a rainha é uma mulher realista”. O biógrafo assegura que a mudança e inovação deixam a monarca entusiasmada.