No passado mês de fevereiro, por ocasião da celebração dos 70 anos do seu reinado, Isabel II falou sobre o futuro da monarquia e manifestou o desejo de que, quando o filho mais velho, Carlos, subir ao trono, a sua mulher, Camilla, se torne rainha consorte.
“Quando, na plenitude dos tempos, o meu filho Carlos se tornar rei, sei que lhe darão, e à sua mulher, Camilla, o mesmo apoio que me deram. Quando chegar a hora, que Camilla seja conhecida como rainha consorte enquanto continua o seu leal serviço”, disse a monarca, uma opinião com qual, no entanto, a maioria dos britânicos não parece concordar.
De acordo com o mais recente inquérito da YouGov, publicado na última semana, apenas 20% dos interrogados têm o mesmo desejo que a rainha. De um universo de 1780 pessoas às quais foi colocada a questão “Se o príncipe Carlos se tornar rei, deverá a mulher dele, Camilla, ser rainha?”, 39% disseram que gostariam que a duquesa da Cornualha recebesse o título de princesa consorte e 23% desejam que Camilla não receba qualquer título.
Ainda assim, o desejo manifestado pela rainha fez com que a opinião de alguns britânicos mudasse. Este valor de 20% é o mais alto conseguido pela duquesa nos últimos três anos e no inquérito anterior, que data de novembro de 2021 – altura em que a rainha ainda não se tinha manifestado a respeito deste tema – apenas 14% dos inquiridos consideravam que Camilla deveria ter o título de rainha. De resto, entre julho de 2019 e novembro de 2021, as percentagens dos interrogados que achavam que a duquesa da Cornualha deveria tornar-se rainha oscilaram entre os 13% e os 16%.