O príncipe Christian da Dinamarca, filho mais velho dos príncipes herdeiros Federico e Mary, começou este ano letivo a estudar num colégio interno, o Herlufhom Gymnasium, localizado na cidade de Næstved, a 120 quilômetros da residência dos príncipes.
A instituição, que acolhe 600 alunos de todo o mundo, viu-se recentemente envolvida numa enorme polémica, depois da exibição de um documentário na televisão dinamarquesa, que garante que nesse colégio, que goza de grande prestígio a nível nacional, existem numerosos casos de bullying e de ataques entre colegas, que ocorrerão na instituição há já vários anos.
O documentário baseia-se no testemunho de antigos alunos, que apontam que situações de assédio seriam frequentes no colégio. No total, para a reportagem terão sido entrevistados cerca de 50 ex-alunos, que falaram das experiências pessoais que viveram na instituição e de situações que presenciaram. Já a direção da instituição nega todas as acusações.
Além do príncipe Christian, foi anunciado recentemente que a sua irmã Isabella, que celebrou 15 anos recentemente, também irá estudar na mesma escola a partir do próximo ano letivo, pelo que, após a polémica, a Casa Real já falou sobre o tema.
Durante um ato oficial esta quinta-feira, a princesa Mary foi questionada sobre o caso e em declarações ao jornal dinamarquês Ekstra Bladet, afirmou que ainda não tinha visto o documentário, mas que o que lá é dito “é muito violento e tem que ser levado a sério”. “No geral, sou contra todas as formas de intimidação, insultos e violência”, afirmou a mulher do príncipe Frederico.
Mais tarde, a Casa Real usou as redes sociais para partilhar um comunicado conjunto dos herdeiros. “Como pais de um aluno que estuda na escola Herlufsholm estamos profundamente chocados com os testemunhos que aparecem no atual documentário sobre a instituição. É de partir o coração ouvir os depoimentos sobre assédio sistemático e sobre a cultura de abuso e violência da qual muitos fizeram parte. É completamente inaceitável. Como pais esperamos que a escola garanta de forma efetiva uma cultura na qual todos estejam seguros e sejam parte da comunidade e no futuro faremos as alterações que julguemos necessárias”, refere a nota.