Numa altura em que se assinalam os 70 anos de reinado de Isabel II, é necessário começar a olhar para o futuro da monarquia britânica. Por esse motivo, na última semana o YouGov publicou os resultados de um inquérito feito aos britânicos, no qual lhes era perguntado quem preferiam ver suceder à monarca, se o filho, o príncipe Carlos, o neto, o príncipe William, ou se preferiam que a monarquia deixasse de existir após a morte de Isabel II.
E as respostas dividiram-se, principalmente no que respeita às duas primeiras opções. Do total de 1780 inquiridos, no geral, a preferência é por William: 37% disseram que queriam ver o duque de Cambridge suceder à avó, enquanto 34% gostavam de ver o príncipe Carlos ocupar o trono depois da mãe. Já 17% acredita que a monarquia devia deixar de existir no Reino Unido após a morte da rainha.
No entanto, há uma acentuada diferenciação no que respeita à opinião por faixa etária e por género. Se as diferenças de opinião entre homens e mulheres apresentam algumas discrepâncias, sendo que as mulheres preferem que seja William a suceder à avó (42% versus 33% que preferem o príncipe Carlos), e 34% dos homens considera que devia ser Carlos a suceder à rainha, contra 33% que pensa que deveria ser William, as diferenças são bastante mais acentuadas quando se confronta a opinião dos mais novos com a dos mais velhos.
Dos inquiridos entre os 18 e os 24 anos, apenas 10% considera que o príncipe Carlos deveria suceder à mãe, contra 38% que acha que o trono deveria ser de William. Já entre os 25 e 49 anos, a preferência pelo duque de Cambridge mantém-se, mas a amplitude de resultados diminui: 38% para William contra 28% que considera que o príncipe de Gales é quem deve ocupar o trono depois da rainha.
Já as duas últimas faixas etárias, entre os 50 e os 65 anos e a dos maiores de 65 anos, obtiveram exatamente os mesmos resultados e apresentam preferência por Carlos: 44% acha que deveria ser o príncipe de Gales a suceder à mãe, contra 37% que acha que deveria ser William.
É também entre os mais novos que se regista uma maior vontade de ver uma mudança de regime: 24% acredita que não deveria haver mais nenhum monarca depois de Isabel II, uma percentagem que diminui para 19% entre os 25 e os 49 anos e que se reduz para 14% na faixa entre os 50 e os 65 e entre os maiores de 65 anos.