Tal como tinha sido comunicado pelo Palácio de Buckingham, os príncipes Carlos e William substituíram a rainha Isabel II na abertura do Parlamento britânico no Palácio de Westminster, em Londres. A monarca de 96 anos viu-se impedida de comparecer por estar a atravessar “problemas de mobilidade”.
Como tal, esta terça-feira, dia 10, Carlos leu o discurso da rainha, tomando um passo simbólico enquanto herdeiro da coroa. O príncipe assumiu assim o principal dever constitucional do chefe de Estado. Teve ao seu lado o filho mais velho, William, que assimiu o papel de conselheiro de Estado.
O primeiro a chegar ao Palácio de Westminster foi William, que esperou pelo pai num local interior reservado. Pouco depois chegou Carlos, acompanhado pela mulher, Camilla, com esse momento a ser acompanhado pelo hino nacional. Kate, a duquesa de Cambridge, não esteve presente.
Carlos usou o traje militar, enquanto a duquesa da Cornualha optou por um vestido azul-marinho com detalhes brancos e chapéu a combinar. William optou por um fato cizento escuro, camisa branca e gravata em vermelho-escuro.
Já no Parlamento, Carlos sentou-se no trono, ladeado pela mulher e pelo filho. A coroa da rainha esteve presente, para assinalar a presença simbólica da monarca.
Durante a sessão, Carlos foi para o centro para ler o discurso escrito pela rainha. Uma missiva que demorou nove minutos a ser enunciada. A relatar as palavras da monarca, afirmou que a prioridade do governo deverá ser “crescer e fortalecer a economia para ajudar a aliviar o custo de vida das famílias”. “O meu governo aumentará as oportunidades em todas as partes do país e apoiará mais pessoas no trabalho”.
“O governo de Sua Majestade impulsionará o crescimento económico para melhorar os padrões de vida e financiar o investimento sustentável dos serviços públicos. Isso será sustentado por uma abordagem responsável das finanças públicas, reduzindo a dívida enquanto reforma e cortes nos impostos. Os ministros de Sua Majestade apoiarão o Banco da Inglaterra para retornar a inflação à sua meta”, declarou o príncipe.
O discurso da rainha falou ainda em reformas na educação e questões ligadas a segurança. A guerra que está a acontecer na Ucrânia não foi esquecida neste discurso, com Carlos a ler que se está perante “tempos desafiantes” e que o apoio dado ao povo desse país deve continuar a ser prestado.