Kate Middleton, que com a morte da rainha Isabell II passa a usar os títulos de duquesa da Cornualha e Cambridge, tornou-se nos últimos anos na joia da coroa britânica. Dizem fontes ligadas aos conselheiros de Isabel II, que a monarca ao longo dos 11 anos de casamento de Kate e William, agora herdeiro do trono, aprendeu a admirar a mulher do seu neto e identificava-se com os seus gostos mais simples e espírito de sacrifício. E, sobretudo, a rainha admirava Kate por ela gostar verdadeiramente de William por quem é não por aquilo que representa.
Kate fez um percurso sem passos em falso
Que o papel de Kate na família real britânica será no futuro de grande protagonismo ninguém duvida desde que, em abril de 2011, se tornou mulher do príncipe William, agora primeiro na linha de sucessão ao trono de Inglaterra, pelo que a espera o lugar de rainha.
Ao longo dos anos, Kate transformou-se num dos pilares mais sólidos da família, que os ingleses tratam por “A Firma”, mostrando-se inabalável e incansável, mesmo que o afastamento de Harry e Meghan lhe tenha passado a exigir umas boas horas de trabalho extra, pois assegura agora muitos dos compromissos que eram deles.
O maior apoio de William
Kate é unanimemente considerada pela imprensa britânica o maior apoio de William, a grande construtora do futuro da monarquia e suficientemente inteligente para o fazer à sua imagem e semelhança, mas com grande suavidade, para que isso não dê nas vistas. Uma espécie de continuidade na mudança, que é, já hoje, a sua forma de estar.
Os trunfos de Kate
Os grandes trunfos desta mulher, nascida há 40 anos no seio de uma família da classe média trabalhadora, são, todos os que lidam com ela o reconhecem, um estoicismo inabalável, uma força de vontade férrea, uma imensa ambição, uma dedicação total às tarefas que o seu lugar na família real implica e que se tornou ainda mais exigente com o afastamento de Harry e Meghan, e a necessidade de Isabel II reduzir o número de eventos em que participava.
A agenda oficial e a família
Se nos primeiros anos de casamento a presença de Kate era quase decorativa, poucas oportunidades tendo para expressar o que sentia e pensava – uma cautela que lhe terá sido imposta pelos conselheiros reais, para evitar deslizes, mas que a própria terá acatado de bom grado, por perceber que tinha muito que aprender até se sentir como “peixe na água” –, mais recentemente tem feito ouvir a sua voz em vários temas que lhe são caros, sobretudo a educação e a saúde mental. E, com a capacidade de perceber que a monarquia do futuro terá de ser de proximidade, foi ao ponto de desabafar, numa entrevista em podcast que deu durante o confinamento, que as suas maiores dificuldades são conciliar uma agenda sobrecarregada com o tempo que dedica à família, o que, assume, lhe provoca “sentimentos de culpa”.
Conquistou a estima dos ingleses
Inicialmente considerada por alguns excessivamente controlada e dona de um sorriso plástico, Kate evoluiu também a esse nível, e a sua atitude mais serena e descontraída, mas sempre irrepreensível, tem-lhe valido a estima dos ingleses, aparecendo frequentemente em segundo lugar na tabela dos membros mais populares da família real, logo a seguir à rainha.
O afastamento de Meghan
O afastamento de Meghan, cujo comportamento de vedeta de Hollywood ofuscou bastante a cunhada, tem também a sua quota-parte nesse aumento de popularidade. Porque os ingleses reconhecem agora que, ao contrário de Meghan, vista como caprichosa, exigente e instável, a duquesa é um exemplo de estabilidade e profissionalismo, características fundamentais para se ser rainha.