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Desde a passada quinta-feira, dia 8, data em que morreu a rainha Isabel II, o filho mais velho da soberana, Carlos III, tornou-se titular dos bens pertencentes à Coroa. Bens esses que, apesar de pertencerem ao monarca reinante – o que significa que mudam de titular cada vez que um novo rei ou rainha ascende ao trono -, geram uma considerável fortuna privada, com a qual a família real mantém uma larga parte dos seus funcionários e que continua a fazer crescer a fortuna privada da família.
O Ducado de Lancaster é um conjunto de propriedades, bens e negócios distribuídos por grande parte de Inglaterra e do País de Gales, avaliados em mais de 750 milhões de euros, pelo que são bastante rentáveis. Nos últimos cinco anos a rainha recebeu pagamentos num valor que ronda os 125 milhões de euros e que pertencia à sua fortuna pessoal – não à Coroa.
E esta não era a única fonte de receitas de Isabel II, mas era a mais importante. Era daí que era pago o salário do duque de Edimburgo, da princesa Ana e dos príncipes André e Eduardo. Também o ducado da Cornualha (que pertence agora aos príncipes William e Kate) é muito rentável e durante anos o então príncipe Carlos pagava daí os salários dos dois filhos, da agora princesa de Gales e de Meghan, enquanto esta trabalhou para a realeza.
Há ainda Balmoral e Sandringham, duas propriedades que foram adquiridas no início da segunda metade do século XIX e que são detidas pelo monarca reinante. A primeira era sem dúvida a preferida da rainha, mas Carlos III não parece ser tão apegado ao local, pelo que é possível que venha a torná-lo público, de alguma forma, ou até a oferecê-lo ao povo escocês, segundo especula a imprensa britânica.
Além das propriedades, o rei herdou também a maior coleção de arte do mundo, a Royal Collection, que é privada e que inclui aproximadamente um milhão de peças, entre aguarelas e desenhos – incluindo de Da Vinci -, mais de sete mil quadros, mais de 400 mil fotografias e quase 300 pedras preciosas de elevado valor. No total, a Royal Collection está avaliada em cerca de 120 milhões de euros.
Além disso, a rainha Isabel II acumulou ainda um guarda-joias considerável, com compras pessoais, presentes que recebeu e possivelmente a maior coleção de tiaras do mundo, com perto de 50 peças. O destino destas joias será diverso, mas parte irão para a rainha Camilla, para a princesa Kate e para a sua filha, Charlotte.
Por fim, e além de uma milionária coleção de carros, havia ainda dois pontos por esclarecer. Quem vai ficar com os corgis da rainha e quem fica com os seus mais de 100 cavalos? Esta segunda-feira, dia 12, um porta-voz do duque de York informou que será o príncipe André e Sarah Ferguson quem ficarão com os cães da rainha. Já os cavalos, para já, deverão ficar à responsabilidade da princesa Ana e da sua filha, Zara Tindall, que herdaram de Isabel II a paixão pelo mundo equestre.