Afastado da vida pública desde 2019, privado dos seus títulos militares e dos patrocínios reais, por vontade de Isabel II, devido às acusações de abuso sexual de que foi alvo nos últimos anos, no âmbito do caso Epstein, o príncipe André tem tido um papel de igualdade com os restantes irmãos desde o dia da morte da monarca.
O duque de York viajou para Balmoral no dia da morte da mãe e desde então tem participado em todos os atos ao lado do rei Carlos III, da princesa Ana e do príncipe Eduardo. Poderá este momento abrir uma porta para um regresso à vida pública?
De acordo com a imprensa britânica, esse é um cenário pouco provável. Há cerca de três meses, durante as celebrações do Jubileu de Platina da rainha, apenas os membros que trabalham para a Casa Real e os seus filhos menores – o então príncipe de Gales e a duquesa da Cornualha, William e Kate, à época duques de Cambridge, e os três filhos – estiveram presentes, escrevendo uma nova página numa monarquia que Carlos III tem dado a entender que pretende reduzir, dando destaque apenas ao pequeno núcleo que trabalha para a Coroa.
Desta forma, prevê-se que André continue a residir em Royal Lodge, mas uma vez passadas as cerimónias fúnebres da mãe, deverá voltar a ficar longe dos holofotes.
Mais ainda, o duque de York não terá uma relação particularmente próxima com o irmão mais velho. Prova disso foi a resposta que Carlos III, ainda como príncipe de Gales, deu no final do mês passado às sobrinhas Beatrice e Eugenie, quando estas tentaram interceder a favor do pai, para que este pudesse reaver os seus deveres na Casa Real. “Não há qualquer hipótese”, terá sido a resposta do então herdeiro ao trono, de acordo com o The Sun.