Corria o mês de novembro de 2009 quando Felipe e Letizia, então príncipes das Astúrias, assim como os oito netos dos reis eméritos Juan Carlos e Sofía, receberam uma inesperada herança. Ao dia 18 desse mês morria Juan Ignacio Balada Llabrés, que decidiu deixar todo o seu património de herança à família real, nomeadamente aos príncipes, às filhas destes e aos sobrinhos, aos quais foi destinado 50% da herança. A outra metade foi deixada para que eles criassem uma fundação.
Depois de largos anos de debates internos, os agora reis de Espanha aceitaram a sua parte da herança, mas decidiram doá-la na íntegra à fundação, que batizaram com o nome de Hesperia, e que foi constituída em abril de 2010.
Entre o património deixado por Balada Llabrés contavam-se vivendas, apartamentos, garagens, um pequeno palacete e uma farmácia histórica situada no centro de Ciutadella, em Menorca, de onde o milionário era originário, um centro para a Fundação de Pessoas com Deficiência da Ilha de Menorca (FPDIM). Esperava-se que a sua abertura tivesse acontecido durante este ano de 2022, mas de acordo com a revista espanhola Vanitatis, essa inauguração vai decorrer no próximo dia 12 de janeiro de 2023.
Nessa data, os reis deverão viajar para Menorca para poderem ver de perto os avanços da Fundação Hesperia, da qual ambos são presidentes de honra. Em 2017 decorreu uma profunda reforma na farmácia Llabrés, apoiada pela fundação, que quase seis anos depois vai reabrir portas com a presença dos reis de Espanha – que há cerca de uma década que não participam em nenhum ato relacionado com a Hesperia.
Sobre a herança de Juan Ignacio Balada resta ainda saber o que acontecerá aos 25% deixados aos oito netos de Juan Carlos e Sofía, e cujo destino será decidido quando todos atinjam a maioridade. Tendo em conta a decisão de Felipe VI e Letizia, é provável que a princesa Leonor e a infanta Sofía lhes sigam os exemplo e doem a sua parte à Fundação Hesperia. No entanto, desconhece-se o que decidirão Juan Froilán e Victoria Federica de Marichalar, filhos da infanta Elena, e Juan, Pablo, Miguel e Irene Urdangarin, filhos da infanta Cristina. A decisão não será conhecida antes de abril de 2025, altura em que a mais nova dos primos, a infanta Sofía, atinge a maioridade.