Se os primeiros três episódios do documentário da Netflix Meghan & Harry se centraram nos primeiros tempos da sua história de amor, os três últimos, que estrearam no passado dia 15, abordam sobretudo a implacável perseguição dos media e a imagem maléfica que estes construíram da duquesa, que levou Meghan e Harry a decidirem afastar-se da família real e até a saírem de Inglaterra, e os primeiros tempos na ilha de Vancouver, no Canadá, onde o assédio dos paparazzi continuou. Alguns entraram mesmo nos jardins da casa onde ficaram instalados, o que os levou a fugirem para a Califórnia, mas falam também da falta de apoio que tiveram por parte da família real no que diz respeito à integração da duquesa de Sussex, que acabou por não aguentar a sua vida na corte e entrou num estado de depressão que chegou a provocar-lhe pensamentos suicidas.
O documentário dedica uma boa parte à publicação, pelo jornal Daily Mail, da carta que Meghan escreveu ao pai a pedir-lhe que parasse de dar entrevistas em que falava da sua relação com a filha em termos pouco abonatórios, o que a levou a processar o jornal por invasão da privacidade, acabando por sair vitoriosa dessa batalha legal. Mas, segundo ambos, essa batalha terá sido a grande responsável pelo aborto que Meghan sofreu em julho de 2020. E esse é um dos momentos em que a duquesa melhor mostra o seu sofrimento. Outro momento marcante é quando Harry recorda as negociações do Megxit: “Foi terrível ver o meu irmão a gritar comigo, o meu pai a dizer coisas que não eram verdade e a minha avó sentada a processar tudo aquilo.” Um dos temas abordados é ainda o dos ataques a Meghan nas redes sociais, onde, inclusivamente, foi ameaçada de morte.
Harry & Meghan mostra ainda imagens inéditas da família já na Califórnia, em que os duques de Sussex aparecem felizes na companhia dos filhos, que são mostrados como nunca antes acontecera, nomeadamente de brincadeiras com Archie ou de Lilibet acabada de nascer.