Durante a entrevista para a ITV, exibida na noite deste domingo, dia 8 de janeiro, o príncipe Harry falou, entre outros temas, da dor com que enfrentou a morte da mãe, a princesa Diana, que morreu a 31 de agosto de 1997, numa altura em que o duque de Sussex tinha apenas 12 anos.
Em conversa com Tom Bradby, Harry confessou que chegou a pedir para ver fotografias do arquivo secreto do Governo sobre o acidente da mãe, de forma a certificar-se de que o que lhe diziam era de facto verdade e que ela tinha mesmo morrido naquela noite num acidente de viação em Paris.
“Vi as fotografias do reflexo de todos os paparazzi na janela ao mesmo tempo. Vi a parte de trás do seu cabelo loiro caído no assento”, contou, sobre as fotografias a que teve acesso. No entanto, o príncipe diz que hoje em dia agradece que algumas fotografias mais explícitas tenham sido removidas, pelo que nunca as viu.
“Nessa altura eu acho que estava à procura de provas de que o que tinha acontecido era realmente verdade. Mas também estava à procura de algo que me magoasse, porque naquele momento ainda estava bastante insensível ao assunto”, conta ainda.
Tal como já tinha sido revelado no final da última semana, Harry estava de férias em Balmoral com o pai, o irmão e os avós na altura em que se deu o acidente que matou a princesa Diana, e foi o então príncipe de Gales quem entrou no seu quarto para lhe dar a notícia. Sentou-se ao lado da sua cama e referiu-se a Harry como “querido filho”. Depois, revelou que Diana tinha tido um grave acidente e que não conseguiu recuperar das feridas, ainda que os médicos tivessem tentado tudo para que recuperasse. “O meu pai não me abraçou. Não era muito de expressar as suas emoções em circunstâncias normais”, revelou o príncipe, citado pela imprensa estrangeira. “Colocou a mão sobre o meu joelho mais do que uma vez e disse-me: ‘Vai ficar tudo bem’”.
Harry confessou ainda que entre a altura do acidente (que aconteceu quando faltavam cerca de duas semanas para ele completar 13 anos) até já depois dos 20 anos, convenceu-se de que a mãe não tinha morrido, mas sim fugido por vontade própria, para poder viver uma vida mais tranquila e feliz.