Em entrevista a Michael Strahan, exibida no Good Morning America, a propósito da promoção da sua autobiografia, Na Sombra, que foi lançada esta terça-feira, dia 10 de janeiro, o príncipe Harry abordou a relação com a madrasta, Camilla.
Durante a entrevista, o duque de Sussex abordou questões familiares e fala do casamento do pai com atual rainha consorte. “Não achámos necessário [que eles se casassem]. Achámos que isso causaria mais mal do que bem e que, se ele estivesse com ela, isso seria certamente suficiente”, referiu, acrescentando que acabaram por aceitar a decisão do atual monarca, Carlos III. “Queríamos que ele fosse feliz. E vimos como ele estava feliz com ela”, afirmou.
De frisar que, dois dias antes do lançamento do livro, o príncipe esteve à conversa com Anderson Cooper, da CBS, e recordou o momento em que, juntamente com o irmão William, implorou ao pai para que não se casasse com Camilla.
Apesar de depois ter aceitado a união, Harry escreveu no seu livro que, naquela altura, teve “sentimentos complexos sobre ganhar uma madrasta”. O príncipe reforçou ainda que sente compaixão por Camilla. “Sabes, sendo a terceira pessoa no casamento dos meus país…”, disse, referindo-se à proximidade de Carlos e Camilla, que nunca passou despercebida, mesmo quando o atual monarca estava casado com a falecida princesa Diana – que chegou a dizer que o seu casamento tinha uma “terceira pessoa”, referindo-se a Camilla.
Neste sentido, o duque de Sussex destacou que atual mulher do pai era “perigosa”, porque tinha uma imagem para reabilitar e tinha sido considerada pela imprensa e pelo povo britânico como uma “vilã” devido ao seu papel no colapso do casamento de Carlos e Diana.
“Isso tornava-a perigosa por causa das ligações que ela estava a tentar criar na imprensa britânica. E havia disposição aberta de ambos os lados para troca de informações”, referiu Harry.
Quando questionado pelo apresentador sobre como era a sua relação com a madrasta atualmente, Harry respondeu: “Não nos falamos há muito tempo. Mas tenho uma grande estima por todos os membros da minha família, apesar das diferenças”, referiu. “Quando a vejo, somos perfeitamente cordiais um com a outro. Ela é a minha madrasta. Não a vejo como uma madrasta má. Vejo alguém que se casou nesta instituição e fez tudo o que pôde para melhorar a sua própria vida, reputação e imagem, para o seu próprio bem.”