Faltam menos de três meses para a Coroação do rei Carlos III, um evento que terá lugar na Abadia de Westminster, em Londres, no próximo dia 6 de maio.
O soberano será coroado na mesma cerimónia que a sua mulher, Camilla, que para evitar polémicas em torno deste momento tão importante para a realeza britânica usará uma coroa diferente daquela que foi utilizada pela anterior rainha consorte, a Rainha Mãe, avó de Carlos III.
Para este momento, Camilla vai usar a coroa que pertenceu à rainha Maria de Teck, bisavó do seu marido, que a usou em 1911, quando o rei George V foi coroado.
Havia grande expectativa sobre qual joia Camilla escolheria, já que sua antecessora – a Rainha Mãe – usou uma peça com o diamante Koh-i-Noor, durante a coroação de George VI, pai de Isabel II, que é reivindicada por vários países e que teria suscitado algum nervosismo no setor político do país por recordar o passado colonial do Reino Unido.
Ao escolher uma coroa já usada por outra rainha, Camilla quebra a tradição e pela primeira vez na história recente do Reino Unido será reutilizada uma coroa para uma consorte, em vez que ser elaborada uma nova. Esta é uma opção mais sustentável e menos dispendiosa, valores que o rei Carlos III pretende que fiquem marcados no seu reinado.
A peça já foi entretanto retirada da Torre de Londres, onde se exibem as joias da Coroa, para ser arranjada para o ‘grande dia’, pelo que, ainda que não seja uma peça de estreia, refletirá a individualidade da rainha Camilla. A consorte pretende prestar homenagem à sogra, Isabel II, pelo que usará os diamantes Cullinan III, IV e V, tal como informou a Casa Real, que fizeram parte do guarda-joias pessoal da antiga soberana e que foram por ela usadas em diversas ocasiões.