Durante dez anos, Paul Burrell acompanhou a princesa Diana. Na passada terça-feira, dia 28 de fevereiro, o ex-mordomo deu uma entrevista onde falou sobre o serviço que prestou desde que tinha 18 anos até à morte trágica e prematura da princesa, em 1997.
Quando entrou para a Casa Real Britânica, Paul era funcionário pessoal da rainha Isabel II, tendo mais tarde passado a acompanhar a princesa Diana. E apesar de já não trabalhar para o Palácio de Buckingham há mais de 25 anos, o duque de Sussex não deixa de o mencionar no seu livro de memórias, ‘Na Sombra’, que foi lançado em janeiro deste ano.
Isto porque, em 2003, o ex-funcionário da família real britânica escreveu um livro de memórias, intitulado de ‘A Royal Duty’, onde falava dos seus anos de trabalho para a Casa Real e o seu afastamento completo. As declarações não terão caído muito bem aos filhos da princesa Diana, principalmente ao filho mais novo, o príncipe Harry.
William e Harry viram a obra como uma “traição fria e aberta” à mãe. “Não foi apenas profundamente doloroso para nós dois, mas também para todos os outros afetados e mortificaria nossa mãe se ela estivesse viva hoje. Sentimos que somos mais capazes de falar pela nossa mãe do que o Paul. Pedimos, por favor, que ele ponha fim a essas revelações”, disseram, na altura. Em resposta, o mordomo fundamentou que a sua “única intenção era defender a princesa”.
Na sua autobiografia, Harry refere que o livro do ex-assistente da mãe “não passava de uma versão escrita por alguém para se justificar a si mesmo”, e acrescentou: “A minha mãe passou a considerá-lo um amigo querido e confiava nele incondicionalmente. Nós também [o príncipe William e o príncipe Harry] e agora isso estava a acontecer. (…) Ele estava a aproveitar-se da morte da minha mãe para fazer dinheiro e isso fez o meu sangue ferver”, escreveu.
Na altura, o duque de Sussex quis encontrar-se com Paul e foi o pai, Carlos III, e o irmão que o convenceram do contrário, tendo optado por emitir um comunicado onde repreendia as atitudes do mordomo, tendo, no entanto, solicitado uma reunião. O ex-assistente de Diana revelou, contudo, que essa reunião “nunca chegou a acontecer”.
Burrell, que está atualmente a lutar contra um cancro de próstata, confessou que “chorou” quando leu o que o pai de Archie e Lilibet tinha escrito sobre ele no seu livro.