No final do ano passado, o príncipe Joaquim da Dinamarca anunciou que deixará de residir em França, no próximo verão, altura em que termina o seu contrato de trabalho de três anos na embaixada da Dinamarca, em Paris. O filho mais novo da rainha Margarida irá mudar-se para os Estados Unidos com a mulher, a princesa Marie, e os dois filhos mais novos, Henrik, de 13 anos, e Athena, de 11.
A mudança, contudo, pode traduzir-se num elevado prejuízo financeiro para os membros da realeza. Isto porque, uma vez que se encontram muito longe e distantes compromissos oficiais, o Parlamento vai rever a situação e decidir se o príncipe deve ou não continuar a receber o salário do Governo. Atualmente, o príncipe recebe 495 mil euros dos cofres públicos por representar a Coroa Dinamarquesa. Com a reunião do Parlamento, agendada para o próximo dia 11 de abril, o príncipe Joaquim pode perder meio milhão de euros de “salário”. A imprensa dinamarquesa adianta ainda que o filho da monarca não quer abrir mão do salário que recebe do Estado.
O filho mais novo da monarca dinamarquesa terá encontrado trabalho na área da indústria da defesa em Washington, e assumirá um cargo no Ministério da Defesa. Segundo avançou o Tribunal dinamarquês, no outro lado do Atlântico, o príncipe Joaquim irá “nos próximos anos ajudar a fortalecer a cooperação da indústria de defesa com os Estados Unidos e o Canadá”.
De recordar que a decisão acontece numa altura em que a família real dinamarquesa atravessa uma fase particularmente conturbada, depois da rainha Margarida ter emitido, no passado mês de setembro, um comunicado onde informou que os quatro filhos do príncipe Joaquim, Nikolai, de 23 anos, e Félix, de 20, do anterior casamento com Alexandra Manley, e Henrik e Athena iriam perder os títulos de príncipes e o tratamento de Alteza.
Os filhos do príncipe Joaquim passaram então a usar os títulos de condes e condessa de Monpezat – título que pertencia ao avô, o príncipe Henri – e a ter tratamento de Excelência. Esta foi uma decisão que terá causado um clima de tensão entre a família de Joaquim e a família do príncipe herdeiro Frederico, que se mostrou estar ao lado da mãe fce à decisão tomada.