O atual duque de Norfolk, Edward Fitzalan-Howard, não tinha ainda nascido quando o XVI duque de Norfolk organizou a coroação do rei George VI e, anos mais tarde, a da sua filha, Isabel II.
Durante a sua vida, viu serem organizadas diversas cerimónias, entre as quais o funeral de Winston Churchill, em 1965, e a investidura do príncipe Carlos como príncipe de Gales, em 1969. Nessa altura, Edward começava a entender o seu particular destino. A sua família possuía, entre outros títulos, o ducado de Norfolk, uma título que está ligado ao de conde mariscal, um cargo real hereditário, além de um título de cavalaria de alto posto, tendo direito a assento na Câmara dos Lordes. Edward é, portanto, um dos grandes oficiais do Estado e está diretamente ao serviço do rei, tendo como responsabilidade a organização das cerimónias de Estado.
Em 2002, com a morte do seu pai, Edward Fitzalan-Howard tornou-se no XVIII duque de Norfolk e conde mariscal, pelo que assumiu a tarefa de organizar as cerimónias de Estado. Para já, será recordado por duas: o funeral da rainha Isabel II e a Coroação de Carlos III.
O pai do atual duque, Miles Francis Stapleton Fitzalan-Howard, nunca organizou uma Coroação. A sua trajetória à frente das cerimónias de Estado limitou-se a aberturas do Parlamento britânico. Recebeu o ducado após a morte do seu primo Bernard, o XVI duque de Norfolk, que serviu quatro monarcas distintos – George V, Edward VIII, George VI e Isabel II – ter morrido sem deixar filhos varões.
Edward Fitzalan-Howard reside no castelo medieval de Arundel, em Sussex, tendo diversas propriedades e sendo, de acordo com o The Guardian, um dos aristocratas mais ricos do país.