O beijo que William deu ao pai depois de lhe ter jurado respeito e fidelidade, naquele que é chamado o Tributo de Sangue, foi sem dúvida um dos momentos mais marcantes da cerimónia da coroação de Carlos III.
Antes disso, ajoelhado e com as mãos entre as do pai, William jurou-lhe lealdade: “Eu, William, príncipe de Gales, prometo-vos a minha lealdade, e dar-vos-ei a fé e a verdade, como soberano da minha vida e do meu corpo. Que Deus me ajude”. Posteriormente, tocou com a mão direita na Coroa de Santo Eduardo e beijou o rei. Um momento que emocionou todos e em especial Carlos III, que retribuiu a dedicação do filho com um simples, mas sentido: “Obrigado, William.”
Atualmente o nobre com o estatuto mais elevado no Reino Unido, ao longo da cerimónia William teve bastante relevância. Foi a ele que coube, por exemplo, colocar o manto real nos ombros do pai.
Criado para ser rei um dia, o príncipe, de 40 anos, tem pautado toda a sua vida pelo sentido da responsabilidade, o que, certamente, o privou de ter uma adolescência mais normal, igual a tantos outros rapazes da sua idade, e até mesmo do seu irmão mais novo, o príncipe Harry.
E é bem provável que a ferida que Harry abriu na família real inglesa, e em especial na relação com o pai e o irmão, tenha conferido a William ainda mais importância junto de Carlos, uma vez que tem sido o seu mais forte e discreto apoio.
A coroação foi, sem dúvida, um momento marcante para William, que começa agora também uma nova etapa enquanto príncipe de Gales e futuro rei de Inglaterra.