Havia uma grande expectativa em relação à indumentária que Camilla escolheria para aquele que ficará na história como o dia mais marcante da sua vida enquanto rainha: o da coroação. E a verdade é que o seu vestido de seda demonstrou na perfeição a importância régia do momento e todo ele tinha um profundo simbolismo.
Da autoria de Bruce Oldfield, amigo íntimo de Camilla, esta foi uma criação feita por medida em peau de soie, um tecido de seda com acabamento fosco, fabricado por Stephen Walters em Suffolk, Inglaterra. Com uma palete de cores que englobam o marfim, a prata e o dourado, o vestido deu a Camilla uma elegância notória, muito graças aos panejamentos concebidos por Oldfield, que criaram uma silhueta mais ajustada na parte superior do vestido e mais ampla em baixo.
De manga comprida, mas sem chegar ao pulso, tinha os ombros marcados, decote em V, sobrepunha-se a uma saia e a cauda era curta, desenhada para se adequar ao manto usado por Camilla, que pertencia à rainha Isabel II. Este impressionante Manto de Estado, como é conhecido, foi feito originalmente para a coroação da falecida rainha, em 1953.
No vestido foram bordadas várias flores silvestres, que representam a paixão do rei Carlos III e da própria rainha pela Natureza e pelo campo, como explicou o Palácio de Buckingham num comunicado. No remate das mangas e na bainha do vestido, as flores que representam as quatro nações do Reino Unido – a rosa de Inglaterra, o cardo da Escócia, o narciso do País de Gales e o trevo da Irlanda – marcaram a importância que cada nação tem para os reis. No centro da saia sobressaía o monograma do novo monarca.
Como joias, a rainha usou uns discretos brincos de diamantes, para dar destaque ao belíssimo colar de diamantes da casa joalheira Garrard que Isabel II usou na sua coroação.
Terminada a cerimónia, Camilla saiu da Abadia de Westminster com um novo manto, feito especificamente para esta ocasião pela The Royal School of Needlework. com um intrincado bordado de flores e animais.