Foi ontem que o príncipe Harry se sentou como testemunha no tribunal, em Londres, para demonstrar inequivocamente como as notícias que o visavam a si e à sua família o afetaram enquanto crescia. Neste depoimento de mais de 55 páginas, Harry foi peremptório ao assumir que essas mesmas notícias “tiveram um papel importante e destrutivo” no seu crescimento. E uma, em particular, que o acompanhou ao longo dos anos, deixou marcas profundas. “Vários jornais relataram um rumor de que o meu pai biológico era James Hewitt, um homem com quem a minha mãe teve uma relação depois de eu ter nascido. À altura do artigo e de outros semelhantes, não sabia que a minha mãe apenas conheceu o major Hewitt após o meu nascimento“, começou por explicar o duque de Sussex.
A gravidade destas acusações, que tanto punham em causa a sua mãe, a princesa Diana, como a si mesmo enquanto membro legítimo da família real inglesa, afetaram-no de forma desmedida, criando medos, receios e sentimentos de falsa pertença. “Na altura, quando eu tinha 18 anos e perdera a minha mãe seis, histórias como estas magoavam-me muito e pareciam muito reais. Eram dolorosas, maliciosas e cruéis. Questionava sempre os motivos por trás das mesmas. Será que os jornais queriam colocar a dúvida no público para que eu fosse afastado da família real?”, questiona Harry.