Este será o primeiro Natal depois de Carlos III ter sido coroado rei, em maio último, e o segundo sem Isabel II, que morreu a 8 de setembro de 2022. No entanto, um ano depois da partida da mãe, o rei estará emocionalmente mais disponível para voltar a celebrar esta data com a alegria possível e que as crianças tanto sonham. Entre várias tradições, no Natal da família real britânica também se brinca ao “amigo secreto”.
Os Windsor vão assim reunir-se em Sandringham House, em Norfolk, uma das residências privadas de Carlos III, onde se reúnem há cerca de 40 anos para assinalar esta data. Contudo, este ano o rei estenderá o convite aos familiares da mulher, a rainha Camilla.
A grande dúvida é saber se os duques de Sussex vão aceitar o convite e juntar-se à família real inglesa para desfrutar da magia do Natal, no dia 25 de dezembro. Ou, se com a sua presença, os Príncipes de Gales mudam os planos e vão passar o dia junto da família de Kate.
Além de ter muitos convidados, o Natal dos Windsor incluiu o famoso abeto com as decorações de Natal. Esta é uma tradição que entrou no Reino Unido pela mão da mulher do rei Jorge III, a rainha Charlotte, que era de origem alemã. Conta a história que a rainha não encontrou um teixo perfeito e usou um pequeno abeto num vaso, que decorou com doces, amêndoas e presente, num ambiente iluminado com velas. Mas foram precisos uns anos para que se tornasse uma prática comum em todas as casas britânicas.
Foi no reinado da trisavó de Isabel II., que este gesto se tornou um hábito. Isto depois de, em 1848, o Illustrated London News ter publicado uma gravura da rainha Vitória, e da sua família, junto à “Árvore de Natal”.
Atualmente há um outro elemento decorativo que nasceu a partir de uma paixão de Isabel III: os corgis, a raça de cães que a rainha adorava. No Natal dos Windsor também há lugar para o famoso jogo do “amigo secreto” e sempre com presentes de baixo valor.
Na tarde do dia 24, mais precisamente à hora do chá (16h00), os convidados dispõem os seus presentes em mesas de cavalete montadas para o efeito, como Harry revelou na sua autobiografia Na Sombra:
“Numa sala grande com uma mesa comprida coberta com uma toalha de mesa branca e cartões com os nossos nomes. Por costume, no início da noite, cada um de nós encontrava o seu lugar e ficava em frente à pilha de presentes. Depois, começávamos todos a abri-los ao mesmo tempo. Era um vale-tudo, com os membros da família a marcarem os seus pontos falando ao mesmo tempo, puxando as fitas e rasgando o papel de embrulho”, lembra.