Há quase duas décadas, era divulgada a opinião de Mary da Dinamarca sobre a traição. Isto é, numa entrevista concedida pela princesa em 2004, esta referia que pensava ser difícil recuperar a confiança em caso de infidelidade.
Agora, a propósito do escândalo da alegada traição de Frederico da Dinamarca com Genoveva Casanova, e consequente silêncio por parte da família real, os meios de comunicação recuperaram as palavras da princesa sobre a falta de lealdade.
“Não aceitaria a infidelidade num casamento”, começou por explicar, de forma direta. Em seguida, acrescentou: “Uma relação baseia-se na confiança”, referindo que a traição é “um abuso de confiança muito grave“.
Na entrevista, usada posteriormente num livro da jornalista Anne Wolden-Ræthinge, Mary disse ainda: “É difícil recuperar a confiança quando ela se quebrou por completo.”
Nesse sentido, a princesa não tem dúvidas: “A confiança é sagrada. É uma obrigação e um dos pilares da nossa sociedade. É necessária para manter a independência, para se poder funcionar em casal“. Contudo, admite algumas situações em que a infidelidade possa ser perdoada por outras pessoas.
“Sei que também há pessoas na nossa sociedade que estão felizes e casadas, com filhos, e têm outras relações, e isto é aceite“, apontou. Porém, afirmou: “Eu não o conseguiria fazer. Dói. E não és apenas tu quem está envolvido na relação. Quando chega um filho, já não se trata só de ti. E, afinal, também tens obrigações para com eles.”
Estas declarações de Mary foram recuperadas numa altura em que os rumores de separação se começam a dissipar. A propósito da época natalícia, o casal viajou com os filhos para a Austrália, país natal da princesa e, posteriormente, surgiu de mãos dadas na cerimónia religiosa na catedral de Aarhus, no passado dia 24 de dezembro.