Ao início da tarde de hoje, 14 de janeiro, a rainha Margarida percorreu pela derradeira vez as ruas de Copenhaga na carruagem “Bodas de Ouro”, que a levou do Palácio de Amalienborg até ao Palácio de Christiansborg, escoltada pelo regimento de Hussardos.
De seguida, no interior do palácio, sentou-se, também pela última vez, à cabeceira da mesa da reunião do Conselho de Estado, na presença do filho mas velho, de 55 anos, o agora Frederico X, e do novo príncipe herdeiro, Christian, de 18 anos, que se sentou à direita do pai, o novo rei. Assinada a declaração de abdicação, a rainha levantou-se e deixou a sala, mas não sem antes deixar uma palavra ao novo chefe de Estado: “Deus salve o Rei!”. O novo rei da Dinamarca assumiu então a cabeceira da mesa e da reunião.
Aos 83 anos, 52 deles enquanto chefe de Estado, a rainha Margarida despediu-se das suas funções por vontade própria e abdicou do trono. Uma cerimónia simples mas carregada de simbolismo e que marca uma nova página na monarquia do reino Dinamarca.
Recorde-se que depois da morte de Isabel II, a 8 de setembro de 2022 e que esteve 70 anos no trono, Margarida da Dinamarca era a rainha com o reinado mais longo da Europa. A monarca, que vai preservar o seu título de rainha e continuará como regente, foi também, em 900 anos de história, o primeiro chefe de Estado a abdicar. Antes, só em 1146, quando o rei Erik III, o Cordeiro, abdicou do trono para entrar num mosteiro.
A rainha Margarida regressou depois ao Palácio de Amalienborg, mas agora numa viatura de Estado, a mesma em que chegaram Frederico e Mary, a nova rainha consorte da Dinamarca.
Veja o vídeo do momento da abdicação, no Palácio de Christiansborg!