O internamento da princesa Ana acontece numa altura delicada para a família real britânica.
A irmã de Carlos III foi hospitalizada no domingo, dia 23, após um acidente em casa e a sua agenda real teve de sofrer, obrigatoriamente, alterações. Sabe-se que a princesa é o membro da realeza britânica com mais compromissos oficiais a cumprir: ontem, dia 24, deveria ter marcado presença na receção e jantar aos imperadores do Japão e no final da semana deveria viajar para o Canadá. Contudo, os médicos aconselharam o adiamento destas obrigações.
Há muito que Ana é o elemento da família real britânica com maior número de compromissos na agenda, o que faz com que muitos a apelidem como “a arma secreta” do rei. É uma princesa discreta, que nunca procurou ser o centro das atenções nem nunca fez manchetes pelos visuais ou pela aparência. Figura da confiança de Isabel II e, agora, de Carlos III, que sempre aceitou o seu dever e nunca hesitou em aceitar grandes responsabilidades. Serve a realeza com dedicação e simplicidade, sem nunca ter mostrado vestígio de algum vez ter questionado o seu papel real.
Mulher de personalidade forte e muito independente, já foi vista a apanhar o metro para escapar ao trânsito e chegar a tempo a um evento ou a carregar a própria bagagem. Estóica, faz lembrar o próprio pai, o príncipe Philip, até no sentido de humor peculiar. Tem características bem diferentes das do irmão, Carlos III, mas isso não os impediu de terem construído uma ligação forte e de se terem tornado confidentes. Ana é conselheira e um apoio fundamental para o rei, que neste momento luta contra um cancro e que não pode contar com o trabalho e popularidade de Kate, que se encontra resguardada enquanto faz tratamentos para uma doença oncológica.
A família real confiava em Ana neste ano com tantos desafios, mas a hospitalização da princesa faz destacar ainda mais as fragilidades que estão a ser vividas.