O drama dos sem-abrigos no Reino Unido é uma causa muito importante para o príncipe William e que herdou da mãe, a princesa Diana.Isto porque, desde muito novos, e quase sempre longe dos holofotes, William e Harry, acompanharam a mãe a alguns centros de abrigos, em Londres, onde puderam ver uma realidade bem diferente daquele que viviam protegidos no palácio.William partilha fotos inéditas com a mãe e com Harry
Uma herança que levou o príncipe de Gales a criar, em junho de 2023, a Homewards, uma iniciativa que visa ajudar precisamente estas pessuas cujas vidas os levaram a fazer da rua a sua casa.
E foi precisamente por causa desta nobre causa que William, num documentário do canal televisivo britânico ITV, que será transmitido em duas partes nos próximos dias 30 e 31 de outubro, que Willliam recordou alguns desses momentos com a mãe e o irmão, e revelou ainda algumas fotos inéditas dessas visitas aos centros de apoio aos sem-abrigo.
“Quando eu era pequeno a minha mãe começou a falar-me dos sem-abrigo, como faço agora com os meus filhos quando os levo à escola e vemos pessoas a dormir na rua”, afirmou William, referindo-se aos ensinamentos que procura transmitir a George, de 11 anos, Charlotte, de nove, e Louis, de seis, fruto do casamento com a princesa Kate.William partilha fotos inéditas com a mãe e com Harry
As fotografias reveladas por William foram captadas, primeiro em junho de 1993 e depois numa segunda ocasião,seis meses mais tarde, durante uma visita ao centro de apoo aos sem-abrigo The Passage. Nas mesmas é possível ver William, com 1 1 anos, precisamente a idade do seu filho mais velho, a jogar xadrez com um dos residentes ou na cozinha com os membros do centro responsáveis pela alimentação.
O filho mais velho de Carlos III e Diana, reforça que nessa idade “somos curiosos e tentamos compreender o que se está a passar. Perguntamo-nos porque é que eles estão ali sentados e a minha mãe costumava contar-nos isso, o que teve um enorme impacto em nós”.
O príncipe de Gales recordou ainda como a simpatia e naturalidade da mãe tornaram esse momento em algo divertido e leve: “Fez com que todos se sentissem descontraídos, riu e brincou com toda a gente”, explicou.
Com o exemplo da mãe, William e Harry compreenderam que “há outras pessoas que não têm a mesma vida que nós e certificou-se de que, quando crescêssemos, a vida para além das paredes do palácio era a sério”.
E já adulto procurou perceber como é que podia diminiur o sofrimento destas pessoas: “Pouco a pouco, tentei perceber o que poderia contribuir devido à posição em que me encontro”, concluiu.
Curiosamente, esta foi também a primeira vez desde que estalou a guerra entre William e Harry, que o príncipe de Gales fez uma referência pública ao irmão, com quem está de costas voltadas desde o lançamemto da Na Sombra, a biografia de Harry, na qual o filho mais novo de Carlos III e Diana, entre outras graves revelações, acusou o irmão de o ter agredido fisicamente.
A última vez que estiveram juntos foi no passado mês de agosto, por ocasião do funeral do tio, o Lord Robert Fellowes, que morreu aos 82 anos, na Igreja de St Mary em , Norfolk, mas segundo as testemunhas no local, os irmãos não trocaram uma palavra. Segundo alguns britânicos, Harry terá tentado contactar William por SMS, mas o príncipe de Gales nunca lhe terá respondido.