A primeira casa de banho, feita a pensar em dois rapazes de nove e dez anos, nasceu de uma antiga despensa que, embora tivesse uma pequena janela, era um espaço escuro, não muito grande e com pouca luz natural. Assim, era importante utilizar um revestimento branco para a tornar mais ampla e alegre. Escolhi madeira para as paredes porque gosto de inovar na utilização de materiais. Por outro lado, a madeira cria um ambiente mais acolhedor do que a pedra ou o mosaico e, ao mesmo tempo, mais divertido, despretensioso, a fazer lembrar a praia ‘I am a beach girl’.
À exceção do azul, presente no mosaico hidráulico, toda a casa de banho é branca permitindo uma enorme diversidade no uso de acessórios e toalhas de variadas cores. As bases com predominância do branco são sempre mais versáteis, menos cansativas e intemporais.
Também tendo por base o branco nos seus elementos principais, tais como as paredes em madeira e o mobiliário, a segunda casa de banho apesar de ter uma dimensão mais generosa do que a anterior, aproximadamente 10m2, não tinha uma arquitetura linear e a localização da porta era um problema acrescido para o layout.
Era preciso descobrir a melhor forma de otimizar quer o espaço existente quer a sua visualização. Depois de ter encontrado o esquema ideal, tropecei numa banheira demasiado evidente à entrada, o que me desagradou. Surgiu então a ideia de colocar dois painéis de treliça, protegidos com vidro, que funcionam não apenas como proteção mas também e, principalmente, como elemento decorativo. Quanto ao uso da madeira branca, o intuito foi, mais uma vez, dar luz, conforto e amplitude ao espaço de banho.
Decoração: Ligações intemporais
Ana Cordeiro, da Prego Sem Estopa, criou dois espaços de banho, em versão juvenil e adulta, aqui descritos na primeira pessoa.