Pierre Dubourg nasceu em Toulouse, em 1980. Formou-se em 2007 (mestrado em Design). Em 2008 integra o estúdio Ldesign / Arik Levy (Paris) como Project Manager. Em 2012 inicia um workshop com artesãos, envolvendo alunos de design de produto. Como designer independente, colabora com a editora Reine Mère e o estúdio de Samuel Accoceberry, entre outros, trabalhando paralelamente nos seus próprios projetos. É professor de design e membro do coletivo Fédération Française de Design (FFD), tendo exposto o seu trabalho no Carrousel du Louvre, durante a Paris Design Week (tanto em 2013 como em 2014).
O que o levou a escolher a área do design?
Adoro objetos e, admito, sou muito ‘materialista’. Sinto-me atraído pelo aspeto técnico do produto, como é feito, e pelos materiais. É este o meu principal interesse no objeto e em design de um modo geral.
Tem algum mentor?
Não, tenho referências! Aprecio o trabalho de Stephan Diez e de Ronan e Erwan Bouroullec pelo seu processo criativo, expressão de simplicidade e proporções corretas. Isto sem contar com Dieter Rams!
Como define as suas criações?
Em processo. O meu design ainda não tem uma identidade forte. É longo o processo para a encontrar através da criação. Tento evoluir, caminhando entre identidade, proporções e simplicidade. Este é o caminho mais longo, o Graal (risos).
O artesanato tende a ser cada vez mais valorizado?
Sim. Como designer a minha experiência com artesãos é muito boa (caso da mesa Fondation criada em 2012). De uma forma geral, há uma enorme corrente em torno dos artesãos. O artesanato dá mais valor ao objeto, assim como mais flexibilidade, permitindo posicionar o design entre arte e indústria.
Qual é o seu melhor produto e maior hit?
Acho que não podemos falar sobre hit (risos). Talvez o projeto mais falado e divulgado seja a caixa Louisette, desenhada para a Hartô.
Que produto da história do design gostaria de ter assinado?
O veleiro (Nautor) Swan 65 de 1977… Intemporal.
Quais são os seus espaços favoritos em casa?
A minha secretária. É onde passo grande parte do tempo, seja tocando, desenhando ou trabalhando ao computador. Tudo o que preciso é de uma mesa, caneta e tempo para pensar
(…sim, sou lento…).
Como imagina o interior de uma casa daqui a 100 anos?
Em 1950 pensámos que no ano 2000 os carros voariam… e não foi o caso! Não acredito que vá haver grandes diferenças… Ainda vamos encontrar uma cadeira Superleggera (ícone do italiano Gio Ponti para a Cassina) no interior de casas em 2115!
Mudava alguma coisa no panorama internacional do design?
Sim. Menos designers!
Próximos projetos…
Talvez (porque os tempos estão complicados!) uma caixa de joias, um espelho e uma mesa lateral.
Decoração: Leveza visual
As peças do designer francês traduzem a sua abordagem baseada na procura da simplicidade.