Entre memórias de infância, a casa da avó que marcou uma era, e as luzes que transformam o lar numa verdadeira celebração, Vanessa Oliveira partilha como vive o Natal em família. Mesmo com as exigências do trabalho, o espírito natalício permanece centrado na união, simplicidade e muita alegria.
“A seguir aos meus anos, o Natal é a época que gosto mais. Já tenho a árvore montada. Na verdade, não faço só árvore, mudo quase toda a decoração da casa, há luzes por todo o lado, renas, Pais Natais”, disse a apresentadora, de 43 anos, à CARAS, na apresentação da coleção de Natal da Auchan, que decorreu no Palácio dos Aciprestes, em Linda-a-Velha.
– Tem algum plano diferente do habitual para o Natal deste ano?
Vanessa Oliveira – Este ano vou estar a gravar em direto de Óbidos até às 17h30, portanto só vou chegar a casa mesmo perto da hora do jantar. Alguém vai ter de fazer as coisas para mim…
– E isso é tranquilo ou gostaria de intervir mais no processo?
– A minha mãe, a minha sogra e a minha tia tomam conta da ocorrência [risos]. Portanto, vou deixar a mesa preparada, as compras feitas e, quando elas chegarem, tratam de tudo o resto. Claro que preferia lá estar também, mas o meu trabalho é assim. E o que mais importa é o espírito da família.
– O que é que não pode faltar na decoração da sua casa?
– Montes de luzes. Compro imensas, sobretudo desde que se inventaram as luzes com pilhas, que não precisam de estar ligadas à ficha. Tenho luzes por cima do espelho, debaixo na árvore, em cima da lareira, por trás da televisão, há luzes por todo o lado.
– E algum prato natalício que seja indispensável na vossa mesa?
– Adoro bacalhau cozido com grão, cheio de alho cru por cima, e couves. O João não adora, portanto, a minha sogra faz uma espécie de bacalhau com natas para ele. Só não ligo nada aos fritos de Natal…
– Apesar de ser muito doceira.
– Sim, mas não gosto nada de farturas, bolas de Berlim ou fritos de Natal. Gosto de bolo rainha e de lampreia de ovos. Portanto, alimento-me à base destas duas iguarias no Natal. Muito raramente vou a outro tipo de doces. Às vezes a minha irmã também faz o bolo de bolacha que adoro.
– Em relação a presentes, qual foi o mais especial que recebeu e que ainda hoje recorde com carinho?
– Tenho vários de quando era pequenina. Fui filha única até aos 11 anos, e única neta dos dois lados da família, portanto havia sempre pais, avós e tios que se juntavam para me comprar as Barbies que queria, os Nenucos, até baloiços cheguei a receber.
– Os sonhos todos eram concretizados?
– Não éramos ricos, mas eles juntavam-se e conseguiam fazer acontecer. Portanto era sempre uma festa. Ainda hoje a minha mãe guarda as minhas Barbies em sua casa, com as quais a minha filha Diana brinca sempre que lá vai. Mas recebi coisas muito giras, uma BMX – eu era meio maria-rapaz – que adorei.
– E com os seus filhos, como é que gerem a questão dos presentes?
– É raríssimo darmos presentes de Natal aos nossos filhos. Há uns três anos, o João quis comprar uma mesa de mistura para o André, porque ele também gosta de pôr música como pai, e aí comprámos nós. Mas, regra geral, eles fazem uma lista, e nós distribuímos entre os avós, os padrinhos e os tios. Só quando há uma coisa específica que queiramos dar nessa altura, é que damos. De resto, vão recebendo da família. Há sempre muita festa e animação. Temos muitas brincadeiras, jogamos muito e passamos muito bem o tempo.
– Se pudesse passar o Natal em qualquer parte do mundo, onde é que passaria?
– Ai, agora vieram-me as lágrimas aos olhos… Voltava à casa da minha avó paterna, em Lisboa, que foi onde passei o Natal a vida toda. Os natais da BMX, dos baloiços, tudo aconteceu ali. Portanto, há ali muitas boas memórias. O lugar do meu avô nunca foi ocupado, mesmo depois dele morrer, em 2008, e com o falecimento da minha avó, em 2020, acabámos por vender a casa… Ainda fizemos lá um Natal sem a minha avó, mas já era muito estranho. Eu passava os dias naquela casa, o meu avô levava-me à escola, aquela casa era a minha também. E foi sempre a casa do Natal.