Nina Jobs fundou a sua empresa de design em 1998, depois de completar o mestrado em Design de Produto na École Nationale Supérieure des Arts Décoratifs, em Paris. Trabalha com projetos multidisciplinares, na área do design de produto e mobiliário e direção de arte, para empresas como Ikea, Uniqlo, MoMa de Nova Iorque, Askul Japan, Gärsnäs, Abstracta, Ericsson e Design House Stockholm, entre outras. Tem feito a curadoria de exposições de Design e Arquitetura suecos na Ásia e EUA. O seu trabalho conta com vários prémios.
O que a inspira a criar?
O trabalho em si! Gosto do desafio que é trabalhar, sem fronteiras, com diferentes culturas. O design de moda e a dança contemporânea também são inspiradoras. Em especial a moda, relacionada com tendências e detalhes.
Onde trabalha nos seus projetos?
Depende de onde estou. Viajo muito, mas trabalho principalmente em Estocolmo, quando estou no estúdio. Porque, quando se constrói um protótipo, passa-se muitas horas na fábrica!
Qual é o seu melhor produto, a sua peça favorita?
Felizmente, todas! Não avalio os meus trabalhos e tento dar sempre o meu melhor em cada projeto. O cabide Loop é uma peça especial devido à sua complexidade técnica e ao design. É praticamente uma ‘vitrina’ para a empresa de mobiliário Gärsnäs e para mim!
O que prefere: criar produtos ou interiores?
Gosto de trabalhar com sentimentos, diferentes humores e colocar sempre o meu produto num contexto visual. Por isso, escolho as duas áreas, tanto produtos como interiores!
Tem algum mentor?
Tenho uma pessoa importante que me acompanhou e apoiou o meu trabalho!
Qual o produto da história do design que gostaria de ter assinado?
Sou grande admiradora do trabalho de [Charles e Ray] Eames, Charlotte Perriand, Nanna Ditzel… Qualquer uma das peças criadas por eles!
Como imagina os interiores de uma casa daqui a 100 anos?
Creio que a casa não será muito diferente do que é agora, apenas terá mais soluções técnicas inteligentes.
Quais os seus locais de eleição em casa?
A cozinha. Cheira sempre bem e é, na maioria das vezes, o espaço mais quente e aconchegante da casa.
Decoração, e design, que futuro?
Em ambos os casos, tem tudo a ver com aspetos culturais. Na Suécia, valorizamos o design funcional. Ainda somos conduzidos pelo mantra “forma e função”, importante para a produção em massa e para a indústria.
Se pudesse, o que mudaria na cena internacional do design?
Menos escolas de design. Não entendo como é que todos os jovens designers conseguem sobreviver!
Pode revelar-nos os seus próximos projetos…
Estão previstos vários lançamentos: um assento para a Nola, novos vasos de plantas para uma outra empresa sueca, um projeto de design social para a Design House Stockholm (fundada em 1992 por Anders Färdig) e produtos em tecido feitos manualmente por tribos no norte da Tailândia, com as quais tenho trabalhado…, peças para uma marca japonesa, entre outras novidades.
Decoração: Mérito sueco
A 'designer' escandinava aposta em valores seguros, como forma e funcionalidade, sem esquecer a importância das tradições artesanais.