Este loft começou por ser imaginado a partir da palavra Bereshí, termo hebraico que significa “no princípio”. A arquiteta Bárbara Dundes seguiu a palavra literalmente ao selecionar um conjunto de materiais naturais “inacabados” para idealizar este o espaço. Entre eles, conta-se o pavimento revestido a pedra natural, reaproveitada de uma pedreira.
O projeto é dividido em duas partes.A primeira conta com uma área social, inclui sala de estare cozinha. Na segunda parte, Bárbara projetou uma caixa de madeira, posicionando um quarto com jardim e um escritório pensado para estar virado ao exterior.
A cama, desenhada pela arquiteta para a mostra e executada pela Odara.casa, foi inspirada no Conjunto Nacional, um dos mais importantes marcos arquitetónicos da cidade, projetado há 63 anos pelo arquiteto David Libeskind. Na parede em madeira, peça da Bá Arte. No chão, madeira Tauari, da Akafloor, com certificação ambiental.
O baloiço Revoar, da Odara.casa, é uma das estrelas deste ambiente. Foi produzido à mão, em couro, com longas franjas que valorizam o efeito visual quando em movimento. As correntes do baloiço são tranças de couro com fio de aço interno.
Bárbara Dundes deu igualmente visibilidade a artistas brasileiros: “escolhi artistas e peças nacionais que valorizam e trazem brasilidade ao projeto”, referiu. É o caso da aplicação numa das paredes de uma tapeçaria de Alex Rocca, “a representar a vida e a reconstrução por trás de cada tentativa de erro e acerto”.
A cozinha está integrada no espaço. Foi desenhada pela Ornare, onde se destacam as cores neutras e as formas arredondadas.
Sinal dos novos tempos, o loft integra ainda uma zona de trabalho, perfeitamente integrado na atmosfera íntima deste espaço. A natureza está sempre presente e serve de ligação entre todos os elementos do projeto.