A antestreia do documentário de Inês de Medeiros Cartas a uma Ditadura levou ao cinema Londres, em Lisboa, familiares e amigos que quiseram felicitar a realizadora por mais um sucesso profissional. Curiosa, Inês investigou algumas cartas do tempo da ditadura que a conduziram a um movimento feminino que apoiava Salazar. O resultado desta pesquisa é um documentário com cerca de uma hora. A viver entre França e Portugal, uma vez que o marido é francês e dirige o departamento de ficção do Canal Plus, sempre que vem a Lisboa a actriz aproveita para rever as pessoas mais próximas, nomeadamente do pai, o maestro António Vitorino d’Almeida, e a irmã mais nova, Ana, como aconteceu desta vez. Mãe de um rapaz, Pedro, de dez anos, e de uma menina, Oriana, de seis, a realizadora, que é uma pessoa socialmente interventiva, tenta passar essa consciência cívica aos filhos: "A política diz respeito a todos e tento passar isso aos meus filhos. Mas eles ainda são pequenos e não fazem greve lá em casa. [risos] Têm uma relação muito forte com Portugal, mas eu também gosto do lado reivindicativo dos franceses."
Inês de Medeiros apresenta filme e recebe o apoio do pai e da irmã Ana
A actriz e realizadora mostrou a sua cumplicidade com o pai, o maestro António Vitorino d'Almeida, e a irmã mais nova.