O arquivamento por falta de provas é o desfecho mais provável para o misterioso desaparecimento da menina inglesa
Caso Maddie a um passo de ser arquivado
Já passaram 14 meses desde que Madeleine McCann desapareceu na Praia da Luz, no Algarve. As investigações da Polícia Judiciária foram inconclusivas e, como tal, não existe nada que prove que a menina foi raptada ou assassinada. Os arguidos deste caso, Kate e Gerry McCann, os pais de Maddie, e Robert Murat ficarão, assim, livres de quaisquer acusações. A notícia foi ontem avançada pelo Correio da Manhã, que refere que "o Ministério Público não deverá sequer acusar o casal McCann pelo crime de exposição ao abandono que pune com pena até cinco anos o acto de abandonar uma criança", porque "entende que a exposição ao abandono ou simples negligência são crimes de menor importância". Kate e Gerry McCann, através do seu porta-voz, Clarence Mitchell, já reagiram a esta notícia e garantem que "não desistirão de procurá-la, mesmo que a polícia portuguesa sinta que não a pode procurar". Mitchell referiu, ainda, que a família McCann quer ter acesso a toda a informação reunida sobre o caso: "Deviam procurar Madeleine na mesma. Mas, se não a vão procurar, têm de nos dar acesso a todos os relatórios e informações que têm, para que os nossos investigadores possam dar seguimento a essa informação e procurar Madeleine". O desaparecimento da menina inglesa foi um dos casos mais mediáticos de sempre, no qual os pais passaram de vítimas a possíveis culpados e, por fim, a pais que não se podem culpar porque não existem provas. O segredo de justiça sobre o processo termina já no próximo dia 14 de Julho, data em que deverão ser conhecidos mais pormenores e, inclusivamente, ser oficialmente anunciado o arquivamento deste caso. Contudo, o processo pode ser reaberto a qualquer momento se surgirem novas provas ou indícios.