Não é muito usual ver José Mourinho, de 47 anos, nervoso ou até sensibilizado. Mas foi isso que aconteceu na cerimónia em que lhe foi atribuído o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade Técnica de Lisboa, onde se licenciou em Educação Física. "Confesso que nunca fico nervoso antes dos jogos, mas hoje é um momento particularmente difícil. É muito emotivo ser homenageado num curto espaço de tempo e recordar o meu passado e o meu trajecto", explicou Mourinho, já depois de ter sido imposta a insígnia pelo reitor Fernando Ramôa Ribeiro.Nesta ocasião, o treinador do Inter de Milão contou com a presença e apoio do pai, Félix Mourinho, que sempre o incentivou e acompanhou desde o primeiro momento, até porque também ele foi jogador e treinador. "Sempre vivi e respirei futebol. O meu pai teve um papel determinante no espoletar da minha carreira. No início não foi fácil viver na sua sombra, mas isso ajudou-me a ser melhor e mais forte. O meu filho já passa pelo mesmo, pois, apesar de ainda estar em idade de brincar ao futebol, já sente a pressão de ser filho de quem é."Na hora do adeus, já de partida para Itália, Mourinho não conseguiu sequer conter algumas lágrimas quando o pai o abraçou. Quanto a este, estava visivelmente orgulhoso, conforme partilhou com a CARAS: "Este é um momento muito especial na vida do meu filho e, consequentemente, na minha. Quando temos filhos, sonhamos sempre o melhor para eles, e assim tem sido."
‘Doutor’ José Mourinho partilha dia de emoções com o pai, Félix Mourinho
"O meu pai teve um papel determinante no espoletar da minha carreira, mas no início não foi fácil viver na sua sombra."