Marisa Cruz parece estar a viver um momento de sonho: encantada com o crescimento do filho,
João, de três anos, está grávida de cinco meses do segundo rapaz e vai casar-se no próximo dia 2 com
João Pinto. A CARAS acompanhou Marisa numa produção fotográfica para a revista Activa, que será a capa do próximo número, e aproveitou a presença do ex-jogador e actual comentador desportivo para uma conversa informal na qual João Pinto falou com entusiasmo da gravidez de Marisa, do filho mais novo e dos dois filhos do primeiro casamento,
Tiago, de 21 anos, e
Diana, de 18, de quem se sente cada vez mais próximo.
João Pinto acabaria por sair do estúdio pouco antes da produção terminar, precisamente a caminho do estádio do Trofense, para acompanhar um jogo de Tiago – que se casa esta Primavera com a namorada de há três anos,
Bárbara Brilhante -, pelo que já não acompanhou a entrevista de Marisa.
– Passou uma fase conturbada quando se separou, mas agora parece estar bem mais próximo dos seus filhos mais velhos…
João Pinto – Não há nada melhor do que estar em harmonia com os filhos. Nenhum pai deseja o contrário. Estarmos juntos, nem que seja só a conversar, é uma felicidade para mim.
– E prepara-se para ser pai pela quarta vez…
– Sim. Não é novidade para mim, mas é sempre muito boa a sensação de ser pai. Felizmente, a Marisa tem tido uma gravidez muito tranquila, mas há sempre cuidados a ter e tento estar atento a isso. Só faltei a uma consulta, porque estava em Lisboa e não tinha como estar lá nesse dia. Talvez por estar mais velho e maduro, tenho tendência a ter mais cuidados com a Marisa. Às vezes, até quando o João está a brincar com ela estou sempre a avisá-lo para ter cuidado com a barriga. Não a deixo pegar em coisas pesadas, enfim, detalhes a que estou ainda mais atento desta vez.
– Já pensaram no nome para o vosso filho?
– Já pensámos, mas não queremos divulgar ainda. O João queria que fosse Tiago [risos].
– Aproveito para falar do Tiago, cujo casamento vai acontecer em breve. Imagino que esteja a acompanhar tudo…
– Tenho falado muitas vezes com o meu filho sobre a vida dele, e agora sobre o casamento, e estou tranquilo em relação a tudo. Dei-lhe muitos conselhos, não só a ele, como também à Bárbara. Ele é adulto, é dono da sua vida, muito responsável, já trabalha, sustenta a sua família, por isso, é ele quem tem que tomar as decisões. Eu, como pai, estarei sempre com ele. E está muito bem acompanhado, sinto que estão felizes, e isso é o mais importante.
– Sim. Nós temos pautado a nossa vida pessoal por alguma reserva e é assim que faz sentido que seja o casamento.
– Era o passo que faltava na vossa relação?
– Sim. Já tínhamos decidido casar-nos há algum tempo e agora, com naturalidade, chegou o momento.
– O que espera desse dia?
– Só quero que as pessoas se divirtam. É um momento de celebração, que espero que corra bem. O que mais nos preocupa é que todos se sintam bem.
– É sempre um momento emotivo na vida de um casal?
– Claro que sim. Sobretudo porque o vamos partilhar com as pessoas de quem mais gostamos. E como somos nós a organizar tudo, tem ainda mais valor.
– Em termos profissionais, tudo tem corrido bem e acaba por continuar ligado ao mundo do futebol como comentador…
– Tem sido um grande desafio ser comentador. Quando tenho que falar de amigos é mais complicado, mas penso que tenho conseguido fazer tudo da melhor forma, e quando tenho de criticar, faço-o de uma forma construtiva. Por isso sinto-me muito bem neste papel, bem como com as crónicas que escrevo no jornal
O Jogo, que me preenchem bastante. Estou ainda ligado ao Sindicato dos Jogadores, onde infelizmente temos tido mais trabalho do que desejávamos. E tenho um projecto nas escolas, que passa por alertar os miúdos para que é possível fazer desporto sem abdicar dos estudos. Tudo isto me preenche e me faz sentir realizado profissionalmente.
– O pior é quando tem que comentar um jogo do seu filho…
– Faço uma análise geral do jogo e sou sempre imparcial. Obviamente que quero que o Trofense ganhe, mas quando tenho que fazer a análise, faço-o de uma forma normal.
– É um orgulho ver um filho seguir os passos do pai?
– É um orgulho ver o meu filho jogar, mas é muito doloroso estar do lado de fora. Às vezes apetece-me entrar em campo e dizer-lhe o que fazer.
– Sei que o seu filho mais novo é um dos maiores fãs do Tiago.
– O João adora o irmão, não o larga quando está lá em casa. O mano é exemplo para tudo e até colecciona os cromos dele. Às vezes tem uns antigos onde eu ainda apareço e pergunta porque não jogo. É muito engraçado. E tem já várias camisolas de clubes em casa, mas a que mais gosta de vestir é a do Trofense com o nome do irmão.
– A Diana sempre foi uma excelente aluna, e é uma miúda com os objectivos muito bem definidos. E luta por eles, como acontece com a dança, uma das suas grandes paixões. Em breve poderá vir a ter repercussão dessa luta, dependendo de um casting que fez. Acredito muito nela e tento sempre estar ao seu lado em tudo.
– Marisa, como tem corrido esta segunda gravidez?
Marisa – Muito bem. Na verdade, quase nem tenho tido tempo para desfrutar desta gravidez, porque tenho de cuidar do João, tenho a loja, o trabalho, a casa. Não é fácil conciliar tudo, mas começo mais cedo o dia e acabo por me deitar mais cedo também. Do ponto de vista médico tem sido uma gravidez muito tranquila, tal como a primeira.
– O seu marido tem estado muito presente, até hoje veio acompanhar este trabalho…
– Nem sempre pode [risos]. Ele gosta de acompanhar tudo e é um pai muito presente. Está sempre atento a tudo, para saber se o bebé está bem, se eu estou bem…
– Sente-se menos ansiosa por ser a segunda gravidez?
– Tenho vivido esta gravidez com menos ansiedade, porque já sei como tudo se processa. Só estou curiosa para perceber se o segundo filho vai ser igualmente parecido com o pai, ou se desta vez vai sair mais à mãe…
– Acha que vai ser difícil cuidar de dois filhos?
– Não me assusta nada ter de conciliar a minha vida com a chegada de um segundo filho. Quem cria um, cria dois. E o João já terá quatro anos quando nascer o irmão, vai ser mais fácil.
– Como está o Joãozinho?
– Está muito engraçado, está lindo. Às vezes tem expressões que quase parecem de um adulto. E já não usa fralda. Tem sido fantástico vê-lo crescer. Ser mãe é mesmo a melhor coisa do mundo. Não há nada que me preencha mais ou me deixe mais feliz. Acho que nasci mesmo para ser mãe.
– Parece estar a atravessar uma fase muito feliz…
– Sim. Tenho trabalhado bastante, estou a realizar mais um sonho, ao ser mãe pela segunda vez, vamos casar-nos… Mais não posso pedir.
– O casamento também era um sonho para si?
– Agora é… Tornou-se um sonho. Era algo que esperávamos concretizar há algum tempo e agora faz todo o sentido.
– Era o único passo que vos faltava dar, enquanto casal?
– Sim. Era preciso oficializar, apesar de já nos sentirmos praticamente casados. Não vai mudar muito coisa, mas acho que é a cereja no topo do bolo. Digamos que deixo de ser a companheira para ser a mulher. Por vezes, apesar de me sentir mulher do João, fazia-me confusão usar esse termo sem nos termos realmente casado.
– Não. A nossa preocupação é que corra tudo bem e que o casamento seja divertido. Vai ser uma cerimónia dinâmica e, ao mesmo tempo, muito íntima, porque vão estar apenas os amigos mais próximos e a família. Vai ser uma cerimónia simples, num sítio muito bonito e romântico que parece tirado de um filme. O jantar vai ter alguma cerimónia ou algum glamour, digamos assim, mas dentro do nosso estilo simples. É a nossa maneira de estar e queremos que as pessoas se sintam em casa.
– Escolheram o Norte…
– Escolhemos casar-nos no Norte porque a nossa vida é aqui, onde vivemos e onde está também grande parte da nossa família.
– Já escolheu o vestido?
– Já escolhi o vestido. Disse à Fátima [Lopes] o que queria, ela apresentou-me alguns desenhos e chegámos a um consenso. Será um vestido largo, como não podia deixar de ser. Apenas estará pronto próximo do dia do casamento, porque todos os dias aumento um bocadinho de tamanho.
– Vai ser branco?
– Sim, vou casar-me de branco. É o meu primeiro casamento, não me interessa que esteja grávida. Não acho muita piada a vestidos de noiva de outras cores, o branco é o mais bonito.
– E a lua-de-mel?
– Não vamos ter, para já, lua-de-mel. A seguir ao casamento as atenções vão virar-se todas para o bebé.
– Sente-se feliz?
– Sim, e sobretudo porque vejo que o João está cem por cento feliz. Isso é muito importante. Era o que faltava para a nossa felicidade. Porque quando ele não está bem, eu também não consigo estar. Agora está tudo quase perfeito. Somos uma família feliz.