– Estão juntos há seis meses. Como começou a vossa história de amor?
Hugo Pinto Marques – Temos alguns amigos em comum e conhecemo-nos através deles, curiosamente no jantar de aniversário da Catarina, onde fui parar um pouco por acaso. Achei-lhe imensa graça e quis conhecê-la melhor, o que me deu algum trabalho…
Catarina Avelar – O Hugo tem um sentido de humor fantástico e com muita inteligência e insistência conseguiu conquistar-me. Estava numa fase óptima, sentia-me muito bem e, talvez por não esperar que esta relação acontecesse, ela acabou por ir acontecendo, até ao dia em que nunca mais nos separámos. [risos]
– O que o atraiu mais na Catarina?
Hugo Pinto Marques – A Catarina é uma pessoa com imensa energia, alegre, supercomunicativa e que conquista facilmente as pessoas com a sua simpatia e espontaneidade. Também me cativou especialmente o facto de ser uma mulher inteligente, cheia de garra e exigente naquilo que faz, qualidades que considero muito importantes.
– Não foi difícil perceber que têm personalidades muito diferentes. É a prova de que os opostos se atraem?
Catarina – O Hugo é a melhor pessoa do mundo! Dá um valor à vida fora do comum, é extremamente inteligente, equilibrado e ponderado. Ajuda-me a ver a vida de uma forma diferente e tem-me ensinado imenso com a sua forma de ser, positiva e persistente. Acima de tudo, vive com base em valores muito bonitos, como a integridade, o respeito, a grande responsabilidade por tudo o que tem que ver com família, o que me faz olhar para ele com grande admiração e orgulho.
– Sentem que esta é uma relação necessariamente diferente, pela idade e pela existência de filhos de anteriores casamentos?
– Penso que sim. Hoje damos mais valor às pequenas coisas, seja àquele momento de silêncio, seja àquela conversa depois de um dia extenuante. Agora, já não existe necessidade de falar só para ter a sensação de que tudo está bem. O mais importante é valorizar todos os bocadinhos em que podemos estar juntos e também fazer com que esses momentos existam. Essencialmente, é uma questão de maturidade, de construção, de conseguirmos criar uma relação com base no companheirismo, na aceitação do outro, e não centrada em nós mesmos. Hoje, tenho a certeza que sou muito mais feliz do que alguma vez fui, e isso, sem dúvida, devo-o ao Hugo.
– Estão a viver juntos. O casamento está nos vossos planos?
– Sem datas ou qualquer tipo de pressão, mas sim, está nos nossos planos. Pensamos nisso como uma evolução natural da nossa relação. Não é o papel que é importante, mas sim o dia-a-dia e a forma como é vivido. O casamento será só um momento em que vamos celebrar o nosso amor com os nossos amigos. O primeiro grande passo já foi dado. Eu e os miúdos vamos mudar-nos para Cascais, com o grande objectivo de não roubar o tempo que o Hugo tem para estar com as filhas, tendo que se dividir entre Lisboa e Cascais, já que a sua vida profissional é muito absorvente. Desta forma, elas não saem prejudicadas, pois os três têm uma relação fantástica. O Hugo é um pai muito presente.
– E nesses planos também encaixa o desejo de um filho em comum?
Hugo – Faz todo o sentido, quando uma relação corre bem e as pessoas estão felizes, pensar que isso possa acontecer.
Catarina – Os filhos completam as relações, mais ainda quando temos a certeza de que essa relação é para a vida. Quando sentimos que estamos com a pessoa com quem vamos viver até ao fim da vida, ter filhos faz parte dessa felicidade.
– Têm, cada um, dois filhos de anteriores casamentos. Como foi o processo de adaptação? Sentiram algum receio?
Hugo – Correu tudo melhor do que estávamos à espera. Penso que tive mais receio do que a Catarina, mas a verdade é que não tivemos qualquer problema com esta nova situação para eles. As minhas filhas adaptaram-se lindamente e adoram a Catarina, que é fantástica com elas.
Catarina – Somos uns pais privilegiados! É verdade que o Hugo viveu esta adaptação com uma tensão maior, sempre a tentar projectar como iria ser. Em contrapartida, tentei sempre transmitir-lhe confiança. Optámos por deixar que tudo corresse com naturalidade, e a verdade é que os meus filhos adoptaram o Hugo de imediato e eu, como não tenho filhas, mas tenho aquele fascínio pelos laços, também me entendi de imediato com elas.