Negaram-lhe o direito à infância e por isso não conseguiu crescer, defendem os que não conseguem aceitar a imagem monstruosa que se construiu de
Michael Jackson. A verdade é que se sabe que viveu a adolescência deprimido e diz-se que, já adulto, dormiria numa câmara hiperbárica para prolongar a juventude. A isso somam-se as sucessivas plásticas, que começaram na sequência de uma fractura nasal, mas acabaram por lhe desfigurar totalmente o rosto. Michael teria, de facto, um coração de Peter Pan que o fez negar a idade adulta, recusando as rugas e rodeando-se de crianças?
Ou, por detrás de todas as acções generosas que promoveu no sentido de ajudar meninos desfavorecidos de todo o mundo, escondia-se realmente um monstro capaz de se aproveitar dos meninos que recebia no seu rancho/parque de diversões de Nerverland (
Terra do Nunca, como na história de Peter Pan)?
Estas questões, que ajudaram a destruir a carreira do cantor, levando-o quase à ruína, poderão nunca ter resposta. Sem resposta talvez fique, também, a questão do branqueamento da pele do músico. Muito se especulou sobre o assunto, sendo a teoria mais defendida que Jackson tomaria medicamentos para despigmentar, mas ele negou, dizendo que sofria de vitiligo, uma doença que provoca precisamente a despigmentação.
Outro tema quente foram os filhos. Por ter sido sempre bem claro que a relação com
Debbie Rowe era uma farsa; por aparecer sempre com as crianças cobertas com véus ou máscaras (que ele próprio usou durante anos); por ter apresentado o mais novo,
Prince Michael II, nascido de uma barriga de aluguer, pondo-o para fora da janela de um hotel de Berlim.
Mas mesmo muitos dos que não acreditam na inocência de Jackson conseguem separar o homem do génio, reconhecer a sua importância na história da música
pop, ou seja, da segunda metade do séc. XX.