Há quatro anos nasceu
Emma, a primeira filha de
Anna Westerlund e
Pedro Lima, e dois anos depois nasceu
Mia. Desde então, não tinham oportunidade de fazer uma viagem a dois e, apesar da felicidade de serem pais, a modelo e ceramista e o actor já sentiam necessidade de dar esse espaço e tempo à sua relação. A oportunidade surgiu, finalmente, através de um convite da Mango, que patrocina Anna, e que levou o casal a Barcelona. Anna e Pedro aproveitaram a oportunidade e ficaram mais uns dias nesta cidade apetecível para uma viagem romântica.
– Esta viagem foi uma oportunidade que já não tinham há muito tempo de desfrutar de férias a dois…
Anna Westerlund – Sim. A última vez que o fizemos estava grávida da Mia, por isso foi há cerca de dois anos e meio. Já estávamos a precisar de uma viagem a dois e, de preferência, por mais do que dois dias. E soube-nos muito bem passar estes dias em Barcelona. Até porque gostamos muito de viajar para sítios onde podemos visitar museus, exposições, o que por vezes se torna muito cansativo para as crianças. Daí saber ainda melhor estarmos sozinhos.
– E Barcelona é uma cidade óptima para namorar…
– Sim. E adorei a cidade. Dá para fazer tudo, descansar, ir à praia, apanhar sol. E tem uma oferta cultural muito vasta, bons restaurantes… é realmente óptima para namorar.
– Sente que a vossa vida, enquanto casal, mudou muito desde que foram pais?
– Não muito. O que sinto é que estabelecemos outras prioridades. Passei a dar importância a outras coisas, e penso que me tornei menos materialista, ainda que antes não o fosse muito. Percebi que a vida não está nas coisas que temos, mas nas relações que estabelecemos e naquilo que vivemos.
– Como tem sido assistir ao crescimento das suas filhas?
– Tem sido óptimo. Às vezes gostava de poder fazer pequenas pausas no tempo, porque passa tudo muito rápido. E acho que vou sentir mais a mudança quando elas entrarem para a escola a sério.
– E pensam ter um terceiro filho?
– Sim. É uma hipótese em aberto, mas ainda não está bem definido. Temos a mania de planear tudo, a Ema e a Mia foram superplaneadas, quase que escolhemos o mês em que elas iam nascer. Com o terceiro filho não nos apetece planear tanto.
– Elas já reagem à carreira e ao mediatismo dos pais?
– A Mia ainda é muito pequena, a Ema às vezes vê o Pedro na televisão e acha engraçado. Mas acho que ainda não percebem bem a dimensão das nossas profissões.
– Entretanto, a sua carreira tem estado mais virada para as artes, nomeadamente a cerâmica. Foi uma mudança grande…
– Não posso dizer que tenha sido uma mudança, porque na verdade a moda é que sempre foi uma actividade paralela. A única coisa que sinto é que cheguei a um ponto em que, a nível da cerâmica, já não estou propriamente a aprender. Já posso dizer que sou uma ceramista em início de carreira.
– Sente que é altura de dar mais atenção à cerâmica?
– Penso que é um pouco um processo natural. Tive duas filhas, tenho 30 anos, durante quinze anos trabalhei intensamente em moda, talvez seja altura de mudar um pouco. Até porque na moda é mesmo assim, a carreira é mais curta.
– Assusta-a a idade?
– Não, porque é sinal que ainda estou cá. Assusta-me, se calhar, perceber que o tempo passa cada vez mais rápido, e eu quero aproveitar ao máximo a minha vida com o Pedro e com as minhas filhas.
– Apesar da vida ocupada que deve ter, o Pedro consegue ser um pai muito presente.
– Sim, conseguimos sempre conciliar tudo. E depois temos aqueles rituais importantes, tomamos o pequeno-almoço juntos, jantamos em família, e isso todos os dias, o que é essencial.
– Parece ter encontrado mesmo a pessoa certa…
– Penso que sim. O Pedro às vezes diz – e eu concordo – que não esperamos um do outro coisas que não somos. Aceitamo-nos muito bem. E isso é um bom princípio para se ter numa relação.