No dia 20 de Julho,
Andreia Vale e
Nuno Santos celebraram dois anos de casamento. No dia 27, o primeiro filho em comum,
Pedro, fez dez meses. Uma e outra data são, "apenas", dois momentos marcantes nos quase três anos que já partilharam: começaram a namorar em Janeiro de 2007, casaram-se seis meses depois e o bebé nasceu em Setembro do ano seguinte. Pelo meio, Nuno deixou a RTP e assumiu a Direcção de Programas da SIC.
Por tudo isto, o tempo parece ter parado durante a produção fotográfica feita para a CARAS, em que Pedro foi a estrela da tarde. Ausente deste retrato de família esteve o filho mais velho de Andreia,
Afonso, de seis anos, fruto da sua anterior relação, com o jornalista
Carlos Rodrigues.
– Como têm sido estes quase dez meses da vida do Pedro?
Andreia Vale – Pouco mudou nas nossas vidas, tendo em conta que chegou uma nova pessoa lá a casa. Desde que nasceu, o Pedro foi sempre um bebé muito tranquilo. Costumamos dizer que por encomenda não nos teria saído melhor! Claro que agora, com a chegada aos nove meses, está um "furacão". Gatinha muito depressa, põe-se em pé sozinho e não pára sossegado um segundo.
Nuno Santos – Estes nove meses foram muito bem passados, aproveitando intensamente o melhor e seguindo com entusiasmo as novidades do Pedro, que são quase a um ritmo diário.
– Costuma-se dizer que ser pai é algo que não se consegue explicar, mas que se imagina como extraordinário. Hoje, consegue descrever esse sentimento?
– Podia tentar, talvez conseguisse, mas sei que nunca expressaria o meu verdadeiro estado de alma. Por alguma razão, é melhor manter o "mistério" de certos sentimentos.
– Implica outro tipo de responsabilidade? Olha-se para a vida de uma outra forma?
– Acho que é preciso ser prático. Claro que o facto de haver um pequeno ser que depende totalmente de nós significa outros cuidados. Mas nós procuramos sempre desdramatizar as questões e apelar ao melhor da vida. Sinto que seremos melhores pais se formos como somos e não de outra forma.
– Andreia, seis anos depois do nascimento do Afonso, como tem sido esta segunda experiência?
Andreia – Uma revisão da matéria dada! Considero-me uma mãe responsável, mas muito tranquila e descontraída. E com um segundo filho, tudo é mais fácil e, logo, tudo muito melhor. Como sou uma pessoa muito prática, acho esta profissão de mãe uma das melhores do mundo. Nada para mim é complicado. E tenho dois parceiros fantásticos, porque o Nuno também é des contraído e o Afonso é o melhor irmão mais velho do mundo. Todos, incluindo família e amigos, ajudam-me imenso e têm feito do Pedro um bebé muito feliz, logo a mãe também fica feliz. Tenho feito todos os esforços para registar em fotografia, ou apenas escrevendo, todos os momentos e evoluções do Afonso e do Pedro. A memória prega partidas e quero poder lembrar-me das melhores coisas daqui a uns anos.
– E o Nuno enquanto pai? Estraga o Pedro com mimos?
– É um pai muito orgulhoso do filho que tem e gaba-se bastante das qualidades do rapaz, [risos] mas a prova de fogo vai ser quando tivermos que o educar à séria. Aliás, essa fase vai começar agora, quando ele chegar ao ano.
Nuno – Acho que vai correr bem, sinceramente. Agora, por mais que falemos com os amigos e com os pediatras, por mais informação que tenhamos, é preciso lembrarmo-nos do que é a natureza humana, das diferenças, do que muda à nossa volta. É um desafio!
– Sentem que o nascimento do Pedro veio reforçar a vossa união?
Andreia – Veio, por assim dizer, rematar com chave de ouro a nossa história. Entre o dia em que começámos a namorar e o dia do nascimento do Pedro, com o nosso casamento pelo meio e a mudança do Nuno da RTP para a SIC, passou pouco mais de ano e meio… Até se pode dizer que foi rápido, mas nós achamos que foi a ordem natural das coisas. Operações bem sucedidas, realizadas em pouco tempo.
– Sentem-se mais unidos?
– Sinto-me mais responsável. Tenho (temos) dois filhos, por quem temos de fazer tudo para que sejam felizes, saudáveis e pessoas bem formadas.
Nuno – Sim, isso é o essencial. Por vezes sentimos falta de tempo para nós, mas nada é tão reconfortante como vê-los crescer.
– Faz parte dos vossos planos de vida ter mais filhos?
Andreia – Gostar, gostávamos, mas não podemos nesta altura das nossas vidas dizer com certeza absoluta que vamos, ou não vamos, ter mais um filho. Depende de muita coisa.
Nuno – A Andreia merece uma menina. E eu também, já agora. [risos] O Pedro foi muito desejado, mas não foi um bebé programado. Vamos deixar que o tempo ponha as coisas no seu lugar.