José Maria Tallon, de 50 anos, acaba de assumir que está separado de
Sofia Ribeiro, de 30, com quem partilhou a sua vida durante sete anos, quatro deles casados. Ao seu lado, como tem acontecido em todos os momentos difíceis da sua vida, tem os filhos:
Carminha, de 24 anos, e
Pepe, de 22, do seu primeiro casamento, com a espanhola
Carmen Comino,
Eduardo, de 16,
Beatriz, de 12, e
Rafael, de dez, da união com
Catarina Fortunato de Almeida. O casal esclarece, no comunicado que enviou à imprensa, que mantém a amizade, até porque, embora Sofia esteja na Suíça, continuam a trabalhar juntos. A verdade é que não há papéis assinados e o comunicado não coloca de parte a possibilidade de uma reconciliação.
– Nas últimas semanas, tem-se falado muito do Zé Maria e da Sofia…
José Maria Tallon – Que ideia! [risos] Como se sabe, já não estamos juntos e decidimos fazer um comunicado, pois continuamos amigos.
– Há uma razão para a separação?
– Penso que quando se termina uma relação, não há somente uma razão. Há tantas relações que acabam… E a nossa começou e acabou.
– Também se tem dito na imprensa que a relação da Sofia com os seus filhos não era a melhor e que eles estão felizes com este desfecho…
– Nada disso tem fundamento, são apenas especulações. O direito de inventar e de usar fontes anónimas é um direito repugnante, pois é uma forma de se dizer o que se pensa deitando a culpa aos outros. Eu não preciso de fontes anónimas, quando digo que estou separado, é porque estou, e quando dizia que não estava, era porque realmente não estava. Agora estou e comuniquei-o por escrito, para que não haja dúvidas.
– Neste caso, os seus filhos são a sua maior preocupação?
– Claro que sim. Com certeza que eles não gostaram do que se disse, pois não são tidos nem achados, esta é uma questão minha e da Sofia. Como é natural, eles estão felizes quando o pai está feliz e tristes quando o pai se sente triste. De qualquer maneira, a relação deles com a Sofia sempre foi boa.
– Dizem no comunicado que mantêm a amizade.
– Sim, tanto que a Sofia continua a trabalhar comigo, na parte internacional da clínica.
– Isso faz pensar que a relação acabou por circunstâncias da vida e não por incompatibilidades…
– É verdade. A amizade é o sentimento mais puro que existe. Entendo que quando isso existe, as pessoas devem ser suficientemente inteligentes para a conservar. Continuo amigo da minha primeira mulher, com o tempo também o serei possivelmente da Catarina, não teria por que não ser amigo da Sofia.
– Entretanto, já começaram a atribuir-lhe namoradas, entre elas a Raquel Broegas.
– Isso é inevitável. As pessoas pensam sempre que para um relacionamento acabar tem de haver o envolvimento de terceiros, e a verdade é que quase nunca é assim. Normalmente, as separações acontecem porque a relação já não funcionava. Penso que essa notícia tem que ver com o facto de a Raquel ser uma das imagens da minha clínica. Disseram esse nome como poderiam ter dito qualquer outro.
– Isso preocupa-o?
– Não, todos sabem que levo as coisas com desportivismo. É óbvio que preferia que a minha vida privada fosse um pouco mais privada – não vou dizer que queria que fosse totalmente privada, pois caso contrário não estaria a dar esta entrevista. Não sou daqueles hipócritas que mantêm a vida privada ou não conforme lhes interessa. Desde o momento que dei a primeira entrevista, sabia que fazia parte desse jogo, não sei se hoje faria o mesmo, mas não me arrependo. Por isso, quando comecei a namorar com a Sofia, resolvi logo apresentá-la, essa é a minha forma de estar, e no dia em que voltar a ter alguém, é óbvio que não a vou esconder.
– Já foi casado três vezes e todas essas relações terminaram. Acha que se vai tornar mais céptico em relação ao amor?
– Acho que há dois tipos de pessoas: as que acreditam na vida e as que não acreditam. É óbvio que sou dos que acreditam na vida e não fecho portas, abro, isso sim, janelas. Obviamente que com a minha idade se diminuem as possibilidades de encontrar alguém, [risos] mas claro que as minhas portas estão abertas a todas as possibilidades. Tenho um equilíbrio muito grande, que são os meus filhos, e quem me conhece sabe que eles são a minha prioridade e que de pouco mais preciso. Um facto é que se não acreditasse no amor, não me teria casado três vezes.
– Tê-los a seu lado nesta fase é fundamental…
– Nesta fase ou em qualquer outra, importante é estar sempre junto deles. Se não tivesse os meus filhos, não lutaria como luto, mesmo a nível profissional, já me teria reformado. O facto de ver que eles estão bem e que tenho feito um bom trabalho, dá-me imensa vontade de seguir em frente. Considero que tenho uma vida familiar muito preenchida.
– Essa visão optimista da vida deve tornar mais fácil enfrentar uma nova separação…
– É público que tive alguns problemas pessoais e profissionais ao longo da minha vida e mesmo assim continuo optimista, embora alguns me considerem inconsciente. Adoro a vida e sou um lutador.
– Sente que esgotou todas as hipóteses com a Sofia para estarem juntos?
– Não sinto nada além do que está no comunicado. O futuro não sei qual é.
– Não põe então de parte a hipótese de uma reconciliação?
– Com certeza que não ponho nem tiro nada. O que se vai passar no futuro, como é óbvio, não sei. Esse é o nosso sentimento hoje, qual será daqui a seis meses, não sei.
– Na última entrevista que deu à CARAS, o ano passado, aqui em casa, disse que jamais viveria uma vida de fachada. Nunca sentiu a tentação de esconder esta separação por algum tempo?
– Quem me conhece, sabe, pela minha frontalidade, que não faz parte do meu feitio viver uma vida de faz de conta. É óbvio que poderíamos ter mantido as coisas, mas nem eu nem a Sofia somos de fachadas e, por isso, decidimos enfrentar a situação e esclarecê-la.
– Como definiria a fase que está a viver actualmente?
– Tomo sempre decisões com tranquilidade, e isso manifesta-se em mim. Se este era o desenvolvimento que queria? É óbvio que não, mas tenho aprendido que a vida continua.