Conheciam-se há doze anos, mas só há um ano e meio
Pedro Couceiro, de 39 anos, e
Maria Ricciardi, de 34, se reencontraram e viram algo mais um no outro. A esta nova fase juntaram-se ainda os filhos, fruto de anteriores relações. A relações-públicas na área da medicina estética é mãe de
Luís, de nove anos, e
Manuel, de sete, e o piloto é pai de
Inês, de três anos. Foi durante um dia passado no Zoomarine que os dois conversaram com a CARAS, contaram como têm encarado o alargamento da família e revelaram o desejo de se casarem e terem filhos.
– Quando se reencontraram, a mudança de sentimentos foi imediata?
Pedro Couceiro – Da minha parte, sim.
Maria Ricciardi – Da minha também… As coisas vão evoluindo.
– Foi fácil a habituação a uma família de cinco? Principalmente em férias, a logística deve ser diferente…
Pedro – Completamente, se bem que a Maria vem com uma experiência de dois filhos e eu de um. Em geral adaptamo-nos bem uns aos outros e é uma vida muito mais movimentada. [risos] Hoje em dia somos uma família de cinco, com o que isso tem de bom e de mau.
Maria – Para mim, não faz diferença alguma, dois ou três é igual. Claro que a Inês tem ritmos e horários diferentes dos deles, mas tem-se habituado e adaptado a eles sem grande problema.
Pedro – Eu tenho, por exemplo, um ritmo parecido com o do Luís, que acorda tão cedo como eu, a Inês tem uma energia reveladora da idade que tem e a Maria é mais enérgica ao final do dia. Tudo isso faz com que sejamos uma família que se completa.
– São essas diferenças que acabam por equilibrar a relação?
– Acho que sim, acabamos por nos equilibrar, e é também por isso que nos damos tão bem.
– São muito diferentes um do outro?
Maria – Somos diferentes em tudo, mas acho que é isso que também faz com que resulte tão bem, pois um compensa o outro. Evoluímos muito um com o outro, pois adaptamo-nos mutuamente.
– De certa forma, as vossas diferenças acabam por ser as vossas semelhanças.
Pedro – Acho que acabam por se tocar. Somos ambos um pouco teimosos, mas depois também cedemos facilmente. Há sempre uma troca de ideias que acaba por nos abrir novos horizontes e fazer-nos ver as coisas de outra forma.
– Devido à sua profissão, o Pedro tem de estar algum tempo ausente. A Maria já se habituou a isso e aos perigos inerentes à profissão de piloto?
Maria – Ao perigo não me habituei nem me vou habituar nunca. Quanto às ausências, acho que são normais, fazem parte da vida e do trabalho dele. Às vezes até dá jeito, aumenta as saudades. [risos]
– Para o Pedro também será importante ter alguém a seu lado que entenda a sua profissão…
Pedro – Só poderia ser assim, caso contrário, entrávamos em conflito, pois não posso largar a minha actividade profissional de um dia para o outro. A Maria não seria com certeza a pessoa que é, ideal para estar a meu lado, se não gostasse e não compreendesse o que faço, da mesma maneira que compreendo também muitas coisas da forma de ser e de estar da Maria. Por muito que se queira, não pode haver uma adaptação sem compreendermos e respeitarmos o que o outro faz.
– Estas são as primeiras férias em família?
– Não, já temos tirado uns dias ao longo do ano, como aconteceu na Páscoa, quando viemos também para o Algarve. Também não posso considerar que sejam férias, pois ainda há uns dias estive numa acção com o Manuel Gião e o nosso patrocinador aqui no Autódromo do Algarve.
– Não consegue ter férias somente dedicadas à família?
– Consigo. Nós estamos cá há uma semana e só estivemos afastados nessa ocasião. Claro que preciso de pelo menos uma hora por dia para estar ao telefone a resolver algumas coisas, mas estamos juntos. Em Novembro, quando acabar o campeonato, aí sim, serão férias, mas provavelmente a dois, pois os meninos já estarão na escola.
– Sentem que é importante fazerem férias a dois?
– Claro que sim. É muito importante para o equilíbrio de um casal.
Maria – As crianças absorvem-nos muito e quando estamos os dois acabamos por ter realmente tempo a dois.
– Qual é o mais romântico?
Pedro – Sem dúvida que sou eu. [risos]
Maria – [risos] O que também nos completa.
– Faz parte dos vossos planos casarem-se e terem filhos?
Pedro – Com certeza que sim, quando duas pessoas se dão bem como nós, faz parte da evolução da relação. Todos nós, quando deixamos de sonhar, acabamos por não ter mais nada. É o sonho que nos move e claro que sonhamos com dezenas de situações na nossa vida, como casar e ter filhos. A Maria e eu temos toda uma vida de sonhos à frente e não vamos deixar de fazer nada porque algo possa não ter corrido bem anteriormente. Vejo a vida como um dia a seguir ao outro.
Maria – Temos tanto para fazer e para sonhar e eu penso sempre em imensas coisas para fazermos juntos… O Pedro está sempre a dizer que tudo o que planeio para nós, como as viagens, é humanamente impossível. [risos]
– Sentem que a vossa relação vos rejuvenesceu?
Pedro – Muito. Sinto-me um miúdo e a Maria veio ajudar-me a ver a vida de outra forma. Quando estamos plenamente felizes, os sonhos ganham uma dimensão tal que nos sentimos mais jovens.