Lula da Silva foi submetido a uma cirurgia intracraniana para drenar um hematoma que se desenvolveu num acidente doméstico ocorrido em outubro.
A informação foi divulgada numa conferência de imprensa promovida pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde decorreu a intervenção, que durou duas horas.
A equipa médica que acompanhou o presidente brasileiro indica que o seu estado de saúde é estável e que deverá regressar a Brasília na próxima semana, não tendo sofrido lesões cerebrais.
“O presidente evoluiu bem, chegou da cirurgia praticamente acordado, retiraram-lhe os tubos e encontra-se estável, a conversar normalmente, a alimentar-se. Deverá ficar em observação nos próximos dias”, disse o médico Roberto Kalil.
Por sua vez, o neurocirurgião Marcos Stavale disse que o presidente irá permanecer internado nos próximos dias, mas que poderá retomar a sua vida com normalidade em breve, sem necessidade de “realizar tomografias todas as semanas”. Segundo o médico, o hematoma estava entre o cérebro e as meninges, debaixo da membrana dura-máter, tendo sido a região drenada. “O cérebro está descomprimido e com as funções neurológicas preservadas”, assegurou.
O presidente brasileiro, de 79 anos, sentiu-se indisposto e com dores de cabeça ao final da tarde de segunda-feira, dia 9 de dezembro, tendo-se deslocado ao Hospital Sírio-Libanês para ser submetido a exames. Uma ressonância magnética revelou a hemorragia intracraniana que terá resultado do acidente que sofreu a 19 de outubro, quando caiu em casa, tendo sofrido um traumatismo craniano.