Cada vez mais habituada a conciliar o papel de mãe com o de profissional, tarefa nem sempre fácil,
Patrícia Gallo, de 42 anos, não dispensa uns dias de férias com as filhas,
Maria Francisca e
Madalena, de dez e sete anos, respectivamente. Este ano, juntou-se-lhes ainda a afilhada,
Constança, de seis anos, para uma estada no Pine Cliffs Resort & Sheraton Algarve Hotel. Foi aqui que a CARAS as encontrou e a jornalista da RTP nos confessou que é junto das crianças que se sente realmente feliz e completa. Nesta conversa, Patrícia falou-nos ainda da óptima relação que mantém com o ex-marido,
André Romano Colaço -, de quem está divorciada há quatro anos -, mas sempre sem desenvolver demasiado, até porque não gosta de se alongar sobre a sua vida pessoal.
– Faz questão de ter sempre uns dias de férias totalmente dedicados às crianças?
Patrícia Gallo – Com a Constança, esta é a primeira vez, mas com as minhas filhas fazemos sempre férias mais sossegadas, isoladas e com tempo só para nós. E adoramos. [risos]
– Apesar de elas já não serem crianças pequeninas, tem de estar muito atenta. Não é complicado estar sozinha com três meninas a seu cargo?
– Elas fazem algumas tropelias, mas de uma forma geral portam-se bem e são óptima companhia. Fazemos uma vida fantástica e consigo descansar bastante, pois deitamo-nos e levantamo-nos cedo, vamos para a praia e piscina, fazemos imensos passeios… é realmente muito bom.
– O facto de estar divorciada faz com que tenha de dedicar mais tempo às suas filhas…
– Sim, mas o André é um óptimo pai, e, apesar de viver em Luanda, quando cá está ajuda e colabora imenso. Dividimos tudo muito bem e temos uma relação extraordinária. Quando ele não está, obviamente que estou mais com elas. E tenho a ajuda de uma empregada, pois não tenho outra forma de conciliar os horários complicados que tenho com os delas. Mas sou muito organizada e consigo organizar muito bem o meu tempo e horários de trabalho com as actividades e a escola delas.
– A Maria Francisca e a Madalena já estão, de certa forma, a perder a sua ‘meninice’…
– É verdade, a Maria já acha que é pré-adolescente, que é muito crescida, que a irmã é muito pequena ao pé dela… E acha que já sabe muitas coisas. Estes dias que temos estado juntas, está sempre a chamar a atenção às mais novas. [risos] É uma fase que julgo um pouco complicada, mas que vou tentando gerir da melhor maneira. Às vezes digo que se houvesse um curso para se ser mãe, seria a primeira a inscrever-me. [risos] Como não há, vou gerindo tudo com sensibilidade, amor, carinho e diálogo. E não me posso queixar… Elas são óptimas alunas, tratam da vida escolar sozinhas, até porque durante a semana estou pouco presente, e conseguem dar conta das tarefas delas. São muito responsáveis.
– E consegue ter tempo algum só para si?
– Às vezes gostaria de ter, mas ou estou a trabalhar ou estou com elas. Por vezes faço programas com amigos, mas é muito raro. Mas gosto muito da companhia delas, e fazemos muitos programas juntas. Planeamos os fins-de-semana de acordo com as coisas de que elas gostam, com o que nos apetece fazer, e por isso elas acabam por ser uma grande companhia.
– Deve até ser complicado arranjar disponibilidade para refazer a sua vida amorosa…
– [risos] Não gosto de falar dessas coisas… Neste momento diria que estou numa fase muito tranquila e serena. Estou muito satisfeita com o meu trabalho, muito satisfeita com a minha vida, com as minhas filhas, e sinto-me muito preenchida. Nunca fiz muitos projectos para o futuro, a nível nenhum. As coisas vão acontecendo e vou-as agarrando e vivendo conforme surgem, naturalmente.
– A vida também se torna mais saborosa assim, sem planos…
– Sem dúvida alguma. Sabe bem viver a vida assim. Sou organizada nas obrigações que tenho, mas depois há coisas que é tão bom não terem de ser planeadas!