São necessários alguma coragem e bastante sentido de humor para posar para uma fotografia com um nariz vermelho como o dos palhaços. Mas quando se faz isso por uma causa solidária, o que noutras situações poderia parecer ridículo, torna-se um acto de generosidade. Isso mesmo acharam as dezenas de personalidades dos mais diversos quadrantes – desde a música à política, passando pela apresentação e a representação -, que aceitaram o repto da Operação Nariz Vermelho e se deixaram fotografar para a nova campanha desta instituição. Essas imagens foram agora apresentadas no Museu da Electricidade, numa tarde repleta de brincadeiras, mas também de emoções, visto que o principal objectivo desta iniciativa é tornar o mais terna e feliz possível a experiência das crianças que necessitam de se sujeitar a internamentos hospitalares.
Luísa Castel-Branco, que sempre que a convidam para causas solidárias faz questão de participar, fê-lo com especial entusiasmo para esta campanha, pois, além de envolver crianças, foi com a filha,
Inês Castel-Branco, que posou para as fotos:
"Esta é uma causa que me deixa boquiaberta, porque era um trabalho que eu era incapaz de fazer, pois assim que vejo uma criança a sofrer desato a chorar. Tenho grande admiração pelas instituições que trabalham com crianças. E esta foi uma ajuda tão pequena… Diverti-me muito a fazer isto com a minha filha. Nós nunca aceitamos fazer coisas juntas, mas desta vez não havia como recusar, e foi ela que tratou de tudo. Foi um enorme prazer."
Também
Carlos Barbosa confessou que foi muito fácil pôr o nariz vermelho e que, apesar de não gostar muito de fotografias, em causas como esta não há nada que o demova:
"Os empresários e as pessoas que têm capacidade para ajudar uma obra destas devem estar presentes e, se eu tivesse mais narizes, mais narizes vermelhos eu punha!"
A ministra da Saúde,
Ana Jorge, fez questão de estar na apresentação, que lhe permitiu recordar o seu trabalho enquanto pediatra:
"Sempre me dediquei muito, ao longo de vários anos, a todos os processos que pudessem contribuir para a humanização dos serviços, por isso hoje não podia faltar."
A iniciativa marcou ainda o 7.º aniversário da associação criada por
Beatriz Quintella, que estava visivelmente satisfeita com o sucesso do seu projecto.
"Já era voluntária de hospitais no Natal e na Páscoa e tive conhecimento desta forma de estar nos EUA. Falei com enfermeiros que deram formação aos palhaços, para que estes entrassem onde as crianças mais precisassem. Somos 20 artistas, em 11 hospitais, trabalhando 42 semanas por ano, e já visitámos mais de 32 mil crianças", explicou à CARAS.
GALERIA DE IMAGENS: Dezenas de famosos põem nariz vermelho por uma causa nobre
O calendário estará nas bancas com a CARAS no próximo dia 25 de Novembro.