Por ocasião da antestreia de
Cinzas e Sangue, um filme produzido por
Paulo Branco e que marca a estreia da actriz francesa como realizadora, a CARAS falou com
Fanny Ardant sobre esta história, uma tragédia ao estilo grego, que conta o reencontro de duas famílias rivais.
– Após 30 anos a trabalhar como actriz, por que é que sentiu necessidade de realizar este filme?
Fanny Ardant – Não sei porquê. Era um desejo. Mas não tenho uma resposta estrutural e inteligente para lhe dar.
– Está orgulhosa do resultado final?
– Estou contente por ter chegado ao fim do meu sonho, isso é o mais importante: ter um sonho e conseguir concretizá-lo.
– O sonho era realizar um filme ou passar esta história para filme?
– Era passar para filme esta história. Não sou realizadora profissional. Escrevi a história, depois imaginei-a em imagens, e quando surgiu a possibilidade de a concretizar, foi um grande prazer.
– Até que ponto se identifica com a protagonista da história, uma mulher com uma personalidade muito forte, muito feminina?
– Não posso dizer que me coloquei a mim própria na personagem feminina, mas sim nos homens. Eu adoro os homens, da mesma maneira que adoro as mulheres. Não sou feminista ao ponto de pensar que os homens são estúpidos e as mulheres são fortes. Nesta história, há uma mistura: estou mais do lado dos homens, porque os admiro, amo os homens, amo a sociedade dos homens, amo a companhia dos homens, mas talvez na personalidade da mãe se encontre muitas semelhanças com a minha própria personalidade.
Fanny Ardant em Lisboa: “Admiro os homens, amo a companhia deles”
A actriz francesa, de 60 anos, esteve em Portugal por ocasião da antestreia do seu primeiro filme enquanto realizadora, intitulado 'Cinzas e Sangue', que teve lugar nos cinemas King.
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