Em Agosto,
Fernanda Serrano e
Pedro Miguel Ramos comemoram seis anos de casamento. Ao longo desta caminhada, o casal já passou por muitas alegrias, como o nascimento dos três filhos,
Santiago, de cinco anos,
Laura, de dois, e
Maria Luísa, que completa um ano em Junho, e por algumas adversidades, como o cancro da mama contra o qual a actriz lutou, descoberto pouco depois do nascimento de Laura. Sempre unidos, o apresentador e a actriz têm sido os pilares um do outro e é lado a lado que têm conquistado e saboreado as vitórias. Depois de ter vencido uma das maiores batalhas da sua vida – neste momento ‘só’ tem de fazer exames de rotina para vigiar a sua saúde – Fernanda diz estar uma mulher diferente, com
"mais consciência".
Nos últimos anos, a actriz dedicou-se em exclusivo à família, dando o seu total apoio ao empresário e apresentador, que tem apostado no crescimento da marca Amo.te e na sua carreira na televisão. Aliás, foi no novo espaço Amo.te Meco, no dia da inauguração oficial e poucos dias depois de Pedro ter regressado da Argentina, onde esteve a gravar o programa
XXS, que a CARAS conversou com o casal.
– Com esta inauguração, o Pedro dá mais um passo na sua carreira de empresário…
Pedro Miguel Ramos – Queremos que o Amo.te Meco seja um
spot neste Verão, um bom restaurante, com peixe fresco, um espaço de lazer onde o stresse não entra e em que chamamos a atenção para o lado bom da vida, porque esse é o nosso espírito. A marca Amo.te é muito informal e gosta de surpreender, de inovar… Agora, gostávamos de abrir um hotel.
Fernanda Serrano – É um dia muito importante para o Pedro, logo, é um dia muito importante para nós. O Meco é um sítio muito especial para nós, para a nossa história [foi onde se casaram].
– Também é assim tão empreendedor na família?
Pedro – Tento ser. Tenho saboreado os meus filhos, a minha família. Claro que qualquer pai gostaria de estar mais com os filhos, mas hoje em dia as nossas vidas profissionais não nos permitem estar a cem por cento com eles. Mas encontro sempre tempo para estar com eles, para os levar à escola, para os mimar, não a tempo inteiro, como a mãe, mas consigo divertir-me com os meus filhos.
Fernanda – O Pedro é a pessoa mais empreendedora que conheço. É impressionante, está sempre com planos e não consegue estar parado. Na família, sou mais eu a organizar as coisas. Adoro planear os programas em família, acho óptimo. Acredito que se pode fazer tudo com as crianças, como idas à praia, caminhadas, muitas coisas ao ar livre. Desfruto a cem por cento dos meus filhos. E sem regras, não há um tempo para lazer e um tempo para cuidar dos filhos. O tempo em que estou com eles é sempre de lazer, porque não é uma obrigatoriedade nem um sacrifício. O meu prazer é cuidar deles.
– E com tantos projectos, é fácil ter o seu marido em casa?
– Não, mas quando ele não está, eu vou até ele. Fazemos de tudo para estarmos juntos, é fundamental. Dentro do caos, o Pedro é um pai presente, porque é muito caseiro.
Pedro – Não é fácil, durmo muito menos do que aquilo que deveria e tenho preocupações muito acima do normal. Mas gosto de construir e perco tempo com o lado bom das coisas. Divirto-me muito com o trabalho que faço. O segredo é não parar. E todo o tempo que tenho livre é para estar com a família, que é o melhor de tudo.
– Com filhos ainda pequenos e com os vários projectos do Pedro, é fácil manter o romantismo?
Fernanda – Sim, quando se ama, é fácil manter o romantismo. É uma coisa natural, não tem de se fazer acontecer. Queremos estar juntos e até momentos com os nossos filhos podem ser românticos.
Pedro – Claro que é essencial ter momentos a dois, até para o equilíbrio da relação, e aí entra a esperteza do casal. Nós complementamo-nos e ajudamo-nos mutuamente.
– O Pedro esteve quase um mês na Argentina a gravar o XXS. As saudades também são um bom ingrediente para alimentar a paixão?
– Sim, podem ser uma estratégia para alimentar a relação. Faz sempre bem termos saudades.
Fernanda – As saudades são um bom ingrediente, mas prefiro tê-lo sempre por perto. [risos]
– No Verão, a Fernanda regressa à televisão. Acha que vai voltar uma mulher diferente?
– De certeza que sim. Não houve um distanciamento muito grande para eu ter a noção do que é que mudou, mas nós nunca estamos iguais a ontem. Portanto ao fim de três anos, e depois de uma avalanche de coisas, estarei muito diferente.
– E não deve ser fácil deixar de ser mãe a tempo inteiro…
– Sim, os primeiros dias vão custar, mas faz parte e apetece-me muito voltar ao trabalho, porque também é importante para a minha sanidade mental. [risos]
– A Fernanda parece ter uma relação muito próxima com os seus filhos. Entre eles há ciúmes?
– Não, porque todos eles têm muito carinho e amor. Eles têm vindo a beneficiar com os irmãos e nenhum deles sentiu um declínio da atenção que lhes damos. A minha família é muito matriarcal e é bom sentir que ainda existem famílias que funcionam e onde podemos contar uns com os outros.
– Os seus filhos têm personalidades muito diferentes?
– Sim, o Santiago é muito pai, muito calmo, observador. A Laura é uma peste, igual à mãe, pior ainda, e a Maria Luísa ainda estou a aguardar, mas é um raio de sol. Aquela bebé é uma alegria.
– Recentemente, a Fernanda fez exames de rotina para vigiar a sua saúde. Acredito que nesses momentos não consiga evitar alguma ansiedade…
– Vou optimista para os exames, mas há sempre aquele medo secreto que está ali escondido atrás da porta, nunca denunciado por mim, mas existente, claro. Mas tenho sempre a certeza de que vai correr tudo bem. Não é um optimismo forçado, sempre fui assim. Há momentos duros e todos passamos por eles, mas ajuda ser optimista. O facto de apanharmos alguns sustos na vida ajuda-nos a ter mais presente o nosso lado lunar.
– Como assim?
– Passei a ter mais consciência de que ele existe e, sem querer ser cinzenta, penso mais vezes naquelas coisas que não conseguimos controlar, na inevitabilidade das coisas más. Essa presença tornou-se mais forte nos meus pensamentos, mas isso não invalida que mantenha o meu optimismo! Passei a ser mais cuidadosa e muito preocupada com a família. Passei a ser mãe, filha e mulher ‘galinha’. Tenho sempre de saber como é que eles estão. Contudo, hoje em dia acabo por estar mais vigiada do que a maior parte das pessoas. E isso dá-nos mais descanso e segurança.
– Agora que já recuperou a sua saúde, falta-lhe alguma coisa para ser plenamente feliz?
– Não me falta nada na minha vida. Só quero que tudo se mantenha como está. Não peço mais nada.
– Nem mais um filho?
– Não. [risos] Não peço, mas também não pedi a Maria Luísa e ela apareceu e é uma bebé muito amada, uma alegria. Estou a viver uma óptima fase da minha vida. Acho que há coisas que não acontecem por acaso. E não foi por acaso que ao fim de tantos anos de conhecer o Pedro nos reencontrámos de uma outra forma. Trabalhámos juntos, depois reparámos um no outro e encontrámos o amor para formar esta família tão bonita que agora temos. É bom. Foi sem dúvida o encontro mais feliz da minha vida. Sem o Pedro, as coisas eram muito diferentes. Tudo era diferente. E é muito melhor assim do que de qualquer outra forma, tenho a certeza.
– E o Pedro, como se imagina no futuro?
Pedro – Gostaria de ter todos os dias a oportunidade de estar ao pé de uma janela virada para o mar, com uma caipirinha, os meus discos, a minha família, correr na areia e sem preocupações. Esse é o meu objectivo de vida, mas até lá ainda tenho muito para fazer, fortalecer a marca, para a vender, a televisão… Quero continuar a criar. A nível familiar, quero ver os meus filhos crescerem de forma saudável, felizes. E não quero que percam o sorriso que têm hoje.
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