É visível no olhar ternurento e na tranquilidade que
Pedro Lima e
Anna Westerlund transmitem quando estão juntos, o quanto as suas vidas passaram a fazer mais sentido desde que decidiram partilhá-las. A este amor juntou-se
João Francisco, de 12 anos, filho do ator, e
Emma, de cinco anos,
Mia, de três, e
Max, de quatro meses. Juntos há nove anos, o ator, de 39 anos, e a ceramista, de 32, aproveitam todos os momentos para fazer programas em família, por isso, quando foram convidados pela CARAS e pelo troiaresort para passarem um fim de semana naquele espaço, aceitaram de imediato. A ocasião serviu ainda para uma conversa em que os sentimentos falaram sempre mais alto.
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– Como contariam a vossa história de amor?
Pedro Lima – Foi um encontro feliz. Alimentamos bastante a nossa relação com emoção e inteligência. Hoje em dia, manter uma relação durante muitos anos, da forma como as pessoas são solicitadas, não é fácil. Neste caso, tem sido uma combinação feliz. A nossa personalidade encaixa muito bem e a conjugação de tudo isto é o amor.
Anna Westerlund – Temos objetivos comuns e um deles passa por construir uma família, um projeto em que acreditamos e ao qual nos entregamos de alma e coração.
– O que fez com que se apaixonassem um pelo outro?
Pedro – No meu caso, o fator inicial foi claramente a beleza da Ana [risos], que se mantém e tem melhorado ao longo dos anos. Depois, foi a capacidade que temos de gostar um do outro exatamente como somos.
Anna – Estarmos com alguém que consegue funcionar como um reflexo de nós próprios faz com que também queiramos ser pessoas melhores.
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– O vosso amor cresceu com o nascimento dos vossos filhos?
Anna – Quando um casal não tem de dar certo, um filho acelera esse processo. Se tem de dar certo, então os filhos só vêm melhorar e reforçar essa união. No nosso caso, a cada filho o amor foi crescendo.
Pedro – Todos estes passos têm sido bastante refletidos, e as surpresas que temos tido têm sido sempre melhores que as expectativas. Estamos muito contentes com as decisões que temos tomado.
– Tornaram-se pessoas diferentes desde que foram pais?
Anna – Tenho vontade de todos os dias ser uma pessoa melhor e passar os valores certos, em que acredito, aos meus filhos.
Pedro – O nosso objetivo é passar esses valores através do exemplo e não da retórica. Respeitamos muito a individualidade dos nossos filhos, sempre encaixando num perfil que é a matriz da nossa família.
– E que valores são esses que tentam transmitir?
Pedro – Tolerância, solidariedade, liberdade, espaço de afirmação pessoal…
Anna – Respeito pelos outros… Uma das razões porque decidimos criar esta família dita já minimamente numerosa foi porque julgo que desta forma esses valores passam naturalmente.
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– São pais permissivos ou autoritários?
Anna – Tem de haver regras com quatro crianças em casa e um mínimo de disciplina, se não, seria o caos. Mas acho que somos pais bastante liberais e permissivos. É um misto entre a autoridade do Pedro e a minha permissividade.
– Como foi a chegada do Max à família?
Anna – Todas as crianças se ressentem um pouco quando chega um novo membro, mas acho que foi tudo muito pacífico.
Pedro – Já estamos habituados a partilhar espaço, a dividir tarefas, recursos, é só uma questão de introduzir o Max nessa equação familiar.
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– Há casais que necessitam de tempo a dois. Com vocês acontece o mesmo, ou tudo é programado em função da família?
Anna – Claro que connosco também acontece, mas não é preciso estarmos longe de tudo e de todos para nos dedicarmos um ao outro. No nosso dia-a-dia tentamos criar situações em que isso seja possível.
– Para a Anna, o Max foi o primeiro filho rapaz. É diferente ser mãe de um rapaz do que de uma menina?
Anna – Não sei bem, o que sei é que estou muito agarrada a ele, talvez porque será o nosso último filho. Não é que feche totalmente a porta a ser mãe de novo, mas em princípio assim será.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.