Quem veja esta sessão fotográfica feita no Castelo da CARAS, em Alcácer do Sal, facilmente associará
Jessica Athayde, de 24 anos, a uma princesa dos tempos modernos. Contudo, a atriz diz que é
"pouco romântica" e que não acredita em homens ideais ou príncipes encantados. Apesar de ser muito terra a terra, Jessica é também uma pessoa de afetos. Por isso, e uma vez que já acabou de gravar a novela
Mar de Paixão, quer dedicar-se em exclusivo à sua família e amigos para que possa
"recarregar baterias" e preparar-se para novos desafios.
Muito discreta em relação à sua vida pessoal, a atriz não comenta o suposto namoro com o apresentador
João Manzarra. Contudo, não esconde que atravessa um momento particularmente feliz.
– Com 24 anos, quase 25, já sabe muito bem a pessoa que é ou ainda está a descobrir-se?
Jessica Athayde – Ainda estou a descobrir-me, e com a idade vou sabendo melhor quem sou. Os meus objetivos são cada vez mais concretos, mas as coisas têm vindo a mudar. Ainda não tenho toda a confiança e certezas que gostaria de ter. E é por isso que quero envelhecer. Com a idade conseguimos ganhar mais confiança e segurança. Ainda sinto que tenho 17 anos, basicamente. Sinto-me uma miúda e não estou preparada para tomar aquele rumo definitivo de vida adulta.
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– É uma pessoa com muitas inseguranças?
– Claro, como todas as mulheres. As minhas inseguranças são iguais às de toda a gente. No trabalho, por exemplo, nem sempre sei se estou a fazer as coisas bem. Também não me sinto uma mulher bonita todos os dias e já tive aquelas coisas de fazer um corte radical de cabelo com o qual não gostei de me ver depois.
– Disse que se sente ainda com 17 anos, mas, normalmente, quem começa a trabalhar em televisão ainda muito jovem, como foi o seu caso, sente que cresce muito rapidamente…
– E em algumas coisas também me aconteceu, já sou independente há alguns anos e tenho grandes responsabilidades profissionais… Mas a minha avó, com a minha idade, estava casada, tinha três filhos e eu não me sinto nada preparada para esse tipo de vida. Ainda gosto muito da minha liberdade, de viver sozinha e de não ter esse peso.
– A Jessica trabalha num meio no qual as pessoas facilmente se deixam deslumbrar e ‘embarcam’ em situações de desequilíbrio…
– É muito fácil perdermo-nos neste meio, mas só se envolve nele quem quer. Eu não me envolvo, limito-me a fazer o meu trabalho e vou-me embora. Tenho trabalhado muito e foco-me no que é importante. É fácil deixar a ‘Jessica atriz’ no estúdio. Gosto de ter a minha privacidade, mas não deixo de fazer nada só porque sou conhecida. Vou a todos os sítios que quero, o meu grupo de amigas é o mesmo de sempre… Claro que cometemos alguns erros, nomeadamente em relação à nossa vida privada, mas até é bom que isso aconteça, para que possamos aprender e assim evitar cometê-los novamente.
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– Acha que um desses ‘erros’ foi ter assumido a sua anterior relação [com Carlos Schmidt Quadros, jogador de râguebi, com quem namorou cerca de dois anos]?
– Não me arrependo de ter assumido, simplesmente não vou voltar a fazê-lo. Acho que não era necessário falar sobre isso. Na altura, decidi assumir a relação para evitar aquelas coisas dos
paparazzi. Mas foi, efetivamente, uma coisa que fiz e espero não voltar a fazer. Quero manter essa parte da minha vida em privado.
– Está então a aproveitar a vida de solteira, presumindo que está solteira…
– Não vou responder a isso.
– Mas está feliz?
– Sim, estou sempre feliz.
– Sente-se preenchida a todos os níveis?
– Sim, estou preenchida a todos os níveis…
– Imagino que não queira comentar o seu suposto romance com João Manzarra?
– Não.
– Mudemos então de assunto: acabou recentemente as gravações de
Mar de Paixão. Qual é o projeto que se segue?
– Agora, vou descansar uns meses. Preciso de recarregar baterias. Foi um ano muito intenso a nível de trabalho e preciso de descansar.
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– E o que é que vai fazer durante estas férias?
– Bem, vou aproveitar para fazer muitas coisas, como estar com as minhas amigas, a quem não tenho dado muita atenção, vou pintar a minha casa toda, fazer
workshops... É bom termos tempo para aquelas coisas da casa. Gosto muito de cozinhar e só não o faço mais vezes porque vivo sozinha e não dá prazer nenhum cozinharmos só para nós. Agora, vou ter tempo para fazer aquelas coisas banais que também são importantes para mantermos um equilíbrio.
– É uma pessoa que precisa de sentir os afetos por perto ou é mais independente a nível sentimental?
– Sou independente, mas, como qualquer outra pessoa, preciso de afetos. Preciso muito de estar com as minhas amigas e com a minha família.
– Diria que é uma pessoa romântica?
– Não, não sou muito, mas estou a ficar mais romântica com a idade. As minhas amigas é que são muito românticas e quando me comparo com elas, percebo claramente que não o sou!
– Acredita no homem ideal ou no príncipe encantado?
– Não, nem pouco mais ou menos. Não acredito em príncipes encantados.
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– Que qualidades é que um homem tem de ter para a conquistar?
– O que aprecio num homem é que seja bem formado e tenha sentido de humor, porque não tenho paciência para pessoas que se levam demasiado a sério. E sou do género: gosto ou não gosto, sem meias medidas. Mas também considero estas características importantes em todas as outras pessoas, como nas minhas amigas, por exemplo. Não é exclusivo em relação aos homens.
– Estamos a chegar ao fim de 2010. É daquelas pessoas que fazem um balanço do ano e planos para o próximo?
– Bem, o que vou dizer acaba por ser um cliché, mas já desisti completamente de fazer planos, porque nunca nada corre como tinha planeado. Pelo menos comigo! Nesta altura, costumo fazer um balanço, e este ano foram só coisas positivas, tanto a nível profissional como pessoal… As minhas melhores amigas estão a casar-se, o meu pai, que estava doente, está a atravessar uma recuperação ótima… Posso dizer que sou uma pessoa privilegiada.
– Parece ser muito otimista, mas acredito que não seja fácil lidar com dificuldades e problemas cuja solução não depende de si, como a doença do seu pai…
– Não temos opção. A solução é sempre enfrentar os problemas. Sou uma pessoa com os pés bem assentes na terra e persigo os meus objetivos. Tento sempre não desiludir, seja na vida pessoal como no trabalho.
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– O Natal está à porta. Como é que vive esta época?
– Este consumismo irrita-me imenso. Nós estamos a passar por uma fase em que há coisas muito sérias que precisam de ser resolvidas e anda tudo a gastar dinheiro nas compras! Sou contra esse consumismo e não me interessa nada a questão de dar ou receber presentes. Para mim, esta época é ótima para juntar a família. E esse é o verdadeiro significado do Natal.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.