João Capucho, de 41 anos, e
Joana d’Ornellas e Vasconcellos, de 32, são o exemplo de que há relações em que as diferenças se tornam complementares e, consequentemente, o segredo do sucesso para um casamento. Juntos há sete anos e casados há cinco, a
designer de interiores e o economista sentem que desde que foram pais de
João Maria, agora com três anos, e de
Maria Francisca, de sete meses, o tempo a dois é cada vez mais escasso e precioso. Por isso, aproveitam todos os momentos possíveis para estar juntos, como aconteceu por ocasião desta sessão fotográfica – que contou com a presença de
Leonor, de três anos, filha do irmão de Joana -, realizada durante um fim de semana que o casal passou na serra da Estrela, a convite da CARAS e da Seat.
![Joana dOrnellas e Vasconcellos Joana dOrnellas e Vasconcellos](/users/0/14/joana-dornellas-e-vasconcellos-329f.jpg)
– Não chegaram a namorar dois anos antes de se casarem. Isso significa que quando se tem a certeza do que se quer não vale a pena perder tempo?
João Capucho – Os namoros longos dão normalmente em casamentos curtos. [risos]
Joana d’ Ornellas e Vasconcellos – Julgo que quando uma pessoa dá um passo desses, dure o casamento muito ou pouco, é porque naquele momento está muito apaixonada. Conheço pessoas que namoraram 15 dias e estão casadas há anos, como conheço o inverso. Não há certezas de nada. Nós casámo-nos por impulso, foi o destino. [risos]
– Apesar de terem muitas diferenças, coincidem no facto de serem ambos muito enérgicos. Como lidam com tanta energia em casa?
– O João às vezes diz-me que está cansado dele próprio. Mas até na energia que emanamos somos diferentes. [risos] Eu gosto de sair à noite, o João não, eu gosto de desporto, mas não sou obcecada, e ele é… Enfim, somos diferentes, mas entendemo-nos. [risos]
![João Capucho e Joana dOrnellas e Vasconcellos com o filho João Maria e a sobrinha Leonor João Capucho e Joana dOrnellas e Vasconcellos com o filho João Maria e a sobrinha Leonor](/users/0/14/joao-capucho-e-joana-dornellas-e-vasconc-69ad.jpg)
– Com dois filhos pequenos e uma vida profissional tão exigente, como lhes sobra tempo para os dois?
– Temos uma pessoa em casa que nos ajuda, caso contrário seria impossível. Um casal em que ambos trabalhem e com dois filhos pequenos, queiramos nós ou não, acaba sempre por ter pouco tempo a dois. Eu não tenho feitio para ser mãe a tempo inteiro, pois já tentei e não deu resultado, por sentir falta de mim enquanto profissional. Não é que ame trabalhar tipo formiga de escritório, como o João, mas viver em função da casa, sem exercitar o cérebro, também não dá para mim.
João – A gestão da nossa casa teve quase de ser vista de forma empresarial e é óbvio que fazemos sacrifícios e cedências para podermos ter alguém a gerir a nossa casa. Mas isso ajuda-nos a termos mais tempo a dois.
![João Maria e Leonor João Maria e Leonor](/users/0/14/joao-maria-e-leonor-3fa6.jpg)
– E têm datas específicas para estarem só os dois ou aproveitam quando é possível?
Joana – Aproveitamos quando é possível.
João – Não dá para haver grande planeamento, pois além da minha atividade profissional, ainda sou dirigente desportivo, organizo o campeonato nacional de surfe, e isso ocupa-me muito tempo. Mas quando temos oportunidade, esforçamo-nos para que o tempo a dois seja de qualidade.
![João Capucho e Joana dOrnellas e Vasconcellas com o filho João Maria João Capucho e Joana dOrnellas e Vasconcellas com o filho João Maria](/users/0/14/joao-capucho-e-joana-dornellas-e-vasconc-6bf0.jpg)
– Sentem então que é imprescindível cuidar da relação?
– Claro que sim.
Joana – Vou ser sincera, com o primeiro filho esqueci-me um pouco do meu marido e de ser mulher. Com o nascimento da Maria Francisca, tivemos de mudar a estratégia. Um casal deve falar e perceber quais os seus pontos fracos e recuperá-los. Chegámos à conclusão que os nossos filhos devem estar bem, a casa também, mas nós igualmente. Agora estamos a conseguir pôr o barco direito. [risos]
– Estão casados há cinco anos. Como tem sido?
– Com altos e baixos como todos os casais.
–
São pais autoritários ou permissivos?
João – Na nossa casa há o polícia bom, a Joana, e o polícia mau, eu. Às vezes é-me difícil dizer que não, mas faz parte, e as coisas têm funcionado assim.
Joana – Eu vacilo muito. [risos]
![Joana dOrnellas e Vasconcellas Joana dOrnellas e Vasconcellas](/users/0/14/joana-dornellas-e-vasconcellas-3a66.jpg)
– A Maria Francisca não veio convosco, mas, em contrapartida, trouxeram a vossa sobrinha Leonor…
– A Leonor e o João Maria têm a mesma idade e adoram-se, divertem-se imenso juntos. Como a minha cunhada Leonor, mulher do meu irmão, também veio, foi muito bom, pois estes dias serviram para estreitarmos ainda mais os laços entre todos.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.