Mafalda Quina e José Maria Sá-Chaves conheceram-se há cerca de 12 anos, através de amigos comuns.
"Não foi nada fácil conquistá-la. Ela era um bocadinho o género ‘nariz empinado’ e fez-se um pouco difícil. Mas foi exatamente por não ser tão fácil como todas as outras mulheres que eu conheci que se tornou minha mulher há nove anos e mãe das minhas três filhas", conta o piloto de aviões.
Apesar de terem profissões distintas – Mafalda é
account de projetos especiais na empresa Marta Aragão Pinto Comunicação Empresarial – e com horários irregulares, o casal garante que vive em perfeita harmonia e explica como faz este casamento funcionar mesmo com três crianças: equilíbrio e sintonia.
"Um dos segredos da nossa relação é estarmos sempre em sintonia nas opções que escolhemos, e quanto mais loucas, melhor. Ele tem uma paixão por carros e velocidades e eu alinho em tudo, vamos ao autódromo experimentar carros, vamos a corridas… Agora queremos experimentar o salto em queda livre. Um diz ‘mata’ e o outro diz ‘esfola’", conta Mafalda, divertida. José Maria acrescenta que tanto fazem estes programas com as crianças como sozinhos:
"Tem de haver um equilíbrio. Já incuti nas minhas filhas este gosto pelo desporto motorizado. Elas adoram ir para o autódromo connosco e desde pequenas que vão comigo ver corridas. Chegava a sair de casa de manhã com uma delas, ver a primeira manga, e mudava fraldas nas boxes, e depois vinha pô-la a dormir e levava outra. Nós nunca perdemos nada por causa delas. E se não pudermos ir os dois, há um que cede e depois trocamos. Dificilmente deixamos de fazer alguma coisa por termos três filhos."
Mafalda e José Maria são pais de
Carlota, de sete anos,
Caetana, de seis, e
Leonor, de três. O piloto diz que adora viver no meio das mulheres e que não sente necessidade de ter um rapaz:
"Como qualquer homem, no primeiro filho gostava que tivesse sido um rapaz. No segundo, pensei: ‘se for, tudo bem.’ No terceiro já nem sequer pensava nisso. E hoje estou muito feliz por ter três meninas. Ainda no outro dia a Carlota acordou ao pé de mim, abriu os olhos e disse: ‘Está aqui o meu príncipe.’ É a melhor coisa do mundo. As meninas são mais carinhosas. Não me faz falta nenhuma ter um rapaz quando tenho três filhas lindas e que me acompanham naquilo que eu gosto." Por vontade de Mafalda, a casa estaria ainda mais cheia de crianças:
"Cá em casa é sempre uma festa. Eu nasci para viver no meio de crianças. Tenho sete irmãos, por isso, estou mais do que habituada a esta confusão. Gostava de poder ter essa confusão cá em casa, de ter mais filhos, mas é complicado. Faço questão de estar presente na vida das minhas filhas, ser eu a dar-lhes banho à noite, o jantar, sentar-me com elas a fazer os trabalhos de casa… Isso, para mim, é que é ser mãe. Mas também me permite ser mulher na altura em que elas estão na escola. E com mais filhos já seria muito complicado gerir tudo. Termos quatro filhos seria perdermos qualidade de vida, nós e eles. Como em tudo na vida, tem de haver equilíbrio."
Durante alguns anos, a
account decidiu ser mãe a tempo inteiro, e só há cerca de um ano voltou a trabalhar. Uma decisão da qual não se arrepende, até porque criou com as filhas uma ligação muito forte:
"Foi importante retomar a minha vida profissional, porque sou extremamente ativa e dinâmica. Mas foi um período muito bom aquele em que fiquei em casa a cuidar delas. Temos muita empatia, fazemos montes de programas juntas. Sou uma mãe muito presente e galinha em muitas coisas, mas não sou daquelas extremamente preocupadas ou nervosas e temos momentos de pura diversão em que somos como irmãs. Nem sempre sou a imagem da mãe autoritária." José Maria também se orgulha de ser um pai presente e atencioso, mesmo com os horários irregulares a que a sua profissão obriga:
"Passo muito tempo fora de casa, a voar, mas quando estou cá, estou superpresente. Faço tudo com elas, dou banhos, visto, levo e vou buscar à escola. E isso é fundamental numa relação a dois e com filhos, senão entramos num cansaço extremo que leva a discussões."
O casal tem tudo muito bem coordenado e planeado:
"Agora já estão as fraldas despachadas, já não há biberões… Por isso é que achamos ideal ter os filhos todos de seguida e o mais cedo possível, para estarmos disponíveis para podermos gozar outras coisas, não só com elas mas também enquanto casal", explicou o piloto.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.