O diretor geral do FMI e líder do Partido Socialista francês,
Dominique Strauss-Kahn, foi detido na madrugada de sábado num avião da Air France, quando se preparava para deixar Nova Iorque rumo a Paris. Na origem da detenção está uma acusação de agressão sexual, sequestro e tentativa de violação de uma mulher de 32 anos no hotel onde se encontrava hospedado, em Manhattan.
As autoridades policiais norte-americanas afirmam que Dominique Strauss-Kahn tentou agredir a empregada do hotel Sofitel.
"Tentou fechá-la dentro do quarto", confirmam fontes policiais.
O político é hoje ouvido no tribunal criminal de Nova Iorque para a conhecer a acusação. Nesta altura, o juiz deverá decidir se Strauss-Kahn fica em prisão preventiva ou se poderá pagar uma caução para sair em liberdade enquanto aguarda julgamento. O seu advogado em Washington,
William Taylor, confirmou que o seu cliente se vai declarar inocente.
Este escândalo vai certamente afetar a vida política de Strauss-Kahn que deveria candidatar-se às eleições presidências em França já no próximo ano, como principal opositor de
Nicolas Sarkozy.
De referir também que não é a primeira vez que o diretor do FMI enfrenta acusações de assédio sexual. A jornalista francesa
Tristane Banon contou em 2007 que cinco anos antes tinha sido vítima de agressão sexual durante uma entrevista, mas nunca revelou o nome do autor. Depois da detenção em Nova Iorque, Banon disse confirmou que o homem que lhe
"rompeu o sutiã e baixou as calças" é Dominique Strauss-Kahn. Em 2008 foi ainda acusado de manter uma relação com uma subordinada, que entretanto deixou a organização.
Dominique Strauss-Kahn é casado com uma conhecida jornalista francesa,
Anne Sinclair, colaboradora do
Canal Plus e do
Journal du Dimanche, e tem quatro filhos. A jornalista reagiu às recentes notícias em comunicado:
"Não acredito sequer por um segundo nas acusações levantadas contra o meu marido. Não duvido de que a sua inocência será provada" .
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