Habituado a posicionar-se bem nas provas em que participa,
Hélder Rodrigues, de 32 anos, alcançou o terceiro lugar no pódio do Dakar Argentina/Chile 2011, a melhor classificação de sempre obtida por um português. Foi sobre mais esta vitória, mas também sobre a sua relação de 15 anos com
Mafalda Lourenço, de 35, que a CARAS conversou com o piloto de motas.
– Como se sente com a sua ótima classificação no Dakar?
Hélder Rodrigues – Muito feliz, consegui concretizar o meu objetivo! Antes da partida, o Dakar já é uma prova que exige muito, e depois, lá, são 14 dias de competição dura. Acabar já é difícil, quanto mais subir ao pódio…
– Os seus pais aceitaram facilmente que se tornasse motociclista?
– No começo nem por isso, mas depois, como ganhei uma posição depressa e já era, de certa forma, independente, não havia muito que eles pudessem fazer. E hoje são os meus maiores fãs.
– Com tanta dedicação às provas, como lhe sobra tempo para a vida pessoal?
– Julgo que se não tivesse esta vida, até seria mais difícil, pois quando não estou em competição nem a treinar, passo muito tempo em casa e dedico-me totalmente à família.
– Namora com a Mafalda há 15 anos e vivem junto há três, ela já deve estar habituada às suas ausências…
– Sim, ela tem vivido comigo a paixão pelas motas desde sempre. Também passamos muito tempo juntos e ela acompanha-me em algumas provas. É imprescindível, com a minha profissão, ter alguém que nos entenda.
– E casarem-se faz parte dos vossos planos?
– Não é algo em que pense muito, mas se tudo para aí pender, casamo-nos. Neste momento, não faz parte dos nossos objetivos.
– E filhos?
– Filhos é a mesma coisa, mas se aparecerem são bem-vindos. Pela minha profissão, esta não seria uma boa altura para tal, pois ser pai implica disponibilidade. Mas assim que a Mafalda quiser… [risos]
– É um homem romântico?
– Mais ou menos. Para se ser romântico, é preciso ter tempo [risos]. Nos últimos meses não houve muitas oportunidades para romantismos, mas agora vamos ter mais tempo a dois.